O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 1,6 ponto na passagem de novembro para dezembro, para 74,7 pontos, após dois meses de quedas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 5. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 3,0 pontos.

Apesar da melhora em dezembro, o IAEmp terminou o ano com saldo negativo de 7,1 pontos. Em dezembro de 2021, o IAEmp estava em 81,8 pontos.

“O IAEmp voltou a subir em dezembro, mas é preciso de cautela para interpretar esse resultado. A alta desse mês compensa apenas cerca de 15% do que foi perdido nos meses anteriores e o ano encerra com viés negativo com o resultado do último trimestre. O patamar baixo do indicador se mantém e parece refletir o cenário macroeconômico negativo e desafiador para o ano de 2023. Com a expectativa de uma desaceleração da economia, o mercado de trabalho tende a reagir de maneira negativa e dificilmente voltará, no curto prazo, à trajetória ascendente que teve em parte do ano de 2022”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em dezembro, três dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado. Os destaques foram os itens que medem a Situação Atual dos Negócios da Indústria, com 1,7 ponto, Tendência dos

Negócios da Indústria, com 0,5 ponto, e Emprego nos próximos meses do Consumidor, com 0,9 ponto. Na direção oposta, o principal destaque negativo foi do item que mede o Emprego Previsto da Indústria, que contribuiu com -0,9 ponto. Os demais componentes (Emprego Previsto, Tendência dos Negócios e Situação Atual do Negócios de Serviços) contribuíram -0,2 ponto cada um.