A projeção oficial para o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) em fevereiro é de um arrefecimento a 0,50%, após acelerar a 0,80% em janeiro. O fechamento de 2022 segue projetado em 5,20%, diz o coordenador do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti.

O grupo Educação, Leitura e Recreação (2,14% para 3,28%) fez pressão altista nos resultados do mês, de acordo com o coordenador.

“A grande pressão do índice em janeiro veio dos cursos formais (4,75% para 7,45%). É uma pressão bem sazonal. Os cursos formais vieram com mais ou menos 10% de aumento, acima do IPC-S de 2022 de 4,28%, praticamente o dobro. Essa pressão, associada à de licenciamento – IPVA (1,05% para 3,01%), é momentânea”, afirma Picchetti.

Educação Infantil (5,63% para 9,06%) está com ponta de 6,42%, Ensino Fundamental (5,53% para 8,93%) tem ponta de 10,18%, Ensino Médio (6,07% para 9,16%) tem ponta de 6,42%, e Ensino Superior (4,06% para 6,18%) tem ponta pouco acima de 6%, segundo o coordenador.

Na avaliação de Picchetti, a aceleração pontual dos itens relacionados à Educação não indica uma perspectiva de avanço do índice em 2022, fazendo com que a projeção siga mantida em 5,20% para o fechamento do ano. “Mesmo a aceleração no acumulado de 12 meses se deve a esse resultado específico de janeiro deste ano, pressionado em relação a janeiro de 2022”, afirma.

O núcleo do IPC-S recuou de 0,29% em dezembro para 0,28% em janeiro. No acumulado em 12 meses, houve alívio de 6,16% em dezembro para 5,80% em janeiro. A difusão, por sua vez, caiu a 69,35%.