03/02/2015 - 13:33
A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 163 milhões, ainda que a desvalorização cambial tenha impactado negativamente seu resultado financeiro. Com o resultado positivo, o dividendo mínimo a ser distribuído aos acionistas será de R$ 37 milhões. A deliberação do valor final dos dividendos referentes ao exercício de 2014 ocorrerá na Assembleia Geral Ordinária (AGO) da companhia, programada para o mês de abril.
A Fibria registrou receita líquida recorde no quarto trimestre de 2014, no valor de R$ 2 bilhões, um aumento de 15% sobre o trimestre anterior. No acumulado do ano, a empresa fechou com R$ 7,084 bilhões de receita líquida, resultado 2% maior que 2013. O volume de vendas em 2014 cresceu 2%, chegando a 5,305 milhões de toneladas. “Em um ano que começou com um cenário desafiador, a Fibria encerra o período colhendo recordes operacionais e financeiros, reduzindo estoques, com reajuste de preços e câmbio favorável”, diz o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 906 milhões no quarto trimestre de 2014 foi o maior já apurado pela empresa em um trimestre em toda sua história, superando em 48% o resultado do terceiro trimestre e em 10% o montante do quarto trimestre do ano passado. A margem Ebitda também teve forte expansão e fechou em 45% no último trimestre do ano passado, 10 pontos superior ao terceiro trimestre e 3 pontos superior ao mesmo período de 2013.
Atenta às oportunidades de mercado, a Fibria deu continuidade às iniciativas de gestão do seu endividamento, fechando 2014 com uma dívida bruta em dólar de US$ 3,135 bilhões, uma expressiva redução de 25% sobre a posição de 2013 e uma queda de 10% frente ao montante do terceiro trimestre de 2014. A dívida líquida da empresa encerrou o ano em US$ 2,842 milhões, o menor patamar desde sua criação, contribuindo para que a alavancagem medida pela relação Dívida Líquida/Ebitda ficasse em 2,4 vezes, em dólar, ao fim de 2014, dentro da meta estabelecida na Política de Endividamento e Liquidez da companhia. O custo médio total em dólar da dívida caiu de 4,3% ao ano no fim de 2013 para 3,4% ao ano em 2014, ao mesmo tempo em que o prazo médio da dívida foi ampliado de 52 para 55 meses, respectivamente.
Governança Corporativa
Ao final de outubro de 2014, foi aprovada a renovação do Acordo de Acionistas da Companhia por seus acionistas signatários, Votorantim Industrial S.A. e BNDESPAR, que, dentre outros termos e condições, prorrogou o prazo de vigência do acordo pelo período de 5 anos.
Em novembro a Fibria foi mais uma vez selecionada para integrar a carteira 2015 do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. A seleção das empresas participantes do ISE é uma parceria entre a Bolsa e o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). A avaliação baseia-se no equilíbrio entre crescimento econômico, responsabilidade social e desempenho ambiental, analisando de forma integrada os diferentes aspectos da sustentabilidade.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-venture com a Stora Enso.
Com ações listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa e ADR nível III na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a Fibria tem 29,42% de sua composição acionária detida pela Votorantim Industrial S.A., 30,38% pela BNDESPAR e 40,20% de free-float no mercado financeiro.