14/08/2020 - 17:05
O Departamento de Agricultura das Filipinas impôs uma proibição temporária à importação de carne de aves do Brasil. A medida, segundo a agência de notícias do governo, é uma precaução após a China detectar coronavírus em asas de frango importadas do país.
O comunicado afirma que em “circunstâncias específicas quando o uso de informações relevantes disponíveis para avaliação de risco é insuficiente para mostrar que um certo tipo de alimento ou produto alimentar não representa um risco para a saúde do consumidor, devem ser adotadas medidas cautelares”.
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O ministério informou que uma das características levadas em considerações para o credenciamento dos países exportadores de carne é o estado de saúde dos trabalhadores das fábricas de processamento.
O texto ressalta que um “número significativo” de casos da covid-19 do Brasil é de trabalhadores desses estabelecimentos. A nota afirma ainda que os produtos de frango que estão atualmente no mercado filipino são seguros para consumo.
Procurados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que não foi notificado pelas autoridades da Filipinas e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) não retornou aos questionamentos até o fechamento desta matéria.
Caso
Ontem (13), foi publicada uma nota no site do município de Shenzhen, na China, com informações da autoridade sanitária local sobre uma suposta detecção de ácido nucleico do coronavírus na superfície de uma amostra de asa de frango congelada, oriunda de um lote importado do Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o documento chinês aponta que outras amostras do mesmo lote foram coletadas, analisadas e os resultados foram negativos. A Pasta brasileira destacou ainda que não foi notificada oficialmente pelas autoridades chinesas sobre a ocorrência.
Na tarde de ontem, a Sede de Prevenção e Controle de Epidemias de Shenzhen identificou que o produto contaminado foi importado da fábrica da Aurora Alimentos de Xaxim, em Santa Catarina. Em comunicado, a Aurora afirmou que, até o momento, o ocorrido só foi veiculado na imprensa local da região, sem confirmação oficial por parte da autoridade pública nacional da China.