De acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, o indicador deve desacelerar a 0,38% em março, após encerrar o mês de fevereiro com alta de 0,43%.

Na avaliação de Moreira, os grupos Despesas Pessoais (0,24% para 0,19%), puxado por quedas esperadas para o item passagem aérea, e Habitação (0,61% para 0,05%) devem ser os responsáveis pelo movimento, mais do que compensando os avanços projetados em Transportes (0,21% para 0,70%) e Alimentação (0,36% para 0,57%).

“O avanço de Transportes deve ser reflexo da reoneração do preço dos combustíveis que, sozinho, deve ser responsável por um impacto de 0,17% no índice cheio de março”, comenta Moreira.

Para o grupo Alimentação, o coordenador pondera que o avanço deve ser explicado pela alta dos alimentos in natura, sob efeito das fortes chuvas observadas nas últimas semanas, que prejudicam as colheitas.

“Apesar disso, vemos esse grupo arrefecendo nas leituras seguintes. A queda dos alimentos industrializados (0,79% para 0,09%) foi o principal destaque do IPC-Fipe de fevereiro e a tendência é que esses itens tenham variação negativa no próximo mês”, afirma o coordenador do IPC-Fipe.