21/05/2023 - 11:35
A Polícia Rodoviária Federal prendeu na manhã deste sábado, 20, o fisioterapeuta Nicanor dos Santos Modesto Júnior, de 46 anos, acusado de estuprar uma paciente em janeiro deste ano dentro de um hospital em São Paulo. A prisão do suspeito já tinha sido decretada pelo Tribunal de Justiça de SP em março. A apreensão aconteceu em uma fiscalização de rotina da PRF, no km 354 da BR 381, na altura da cidade de João Monlevade, em Minas Gerais.
A polícia informou que prisão de Nicanor dos Santos aconteceu após a PRF parar uma caminhonete Fiat/Toro com placas de Camaçari, município da Bahia. “Durante a consulta aos sistemas policiais, foi verificada a existência de um Mandado de Prisão em Aberto expedido pelo Tribunal de Justiça/SP, pelo art 213 da Lei 2848, em desfavor de um dos ocupantes do veículo”, disse a PRF em nota. O homem foi levado para a delegacia de João Monlevade.
Nicanor é acusado de estuprar uma paciente de 28 anos, que estava internada no Hospital São Luiz, na capital paulista, após fazer uma cirurgia na coluna. O profissional teria colocado a mão nas partes íntimas da vítima, alegando que era uma técnica para aliviar dores musculares. O caso aconteceu no dia 23 de janeiro.
Em fevereiro, Ministério Público de São Paulo ofereceu denúncia para a Justiça, que acatou e expediu um mandado de prisão contra o profissional em março. O caso corre em segredo de justiça.
Após ser denunciado, Nicanor foi afastado do Hospital São Luiz, onde trabalhava como terceirizado desde o fim do ano passado. Na época, a unidade soltou um comunicando informando que uma sindicância foi aberta e que o hospital repudia qualquer violência sexual.
Outras ocorrências contra Nicanor por crimes semelhantes também já foram abertas. Em fevereiro do ano passado, um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de polícia de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, alegando que o fisioterapeuta também teria cometido o crime de abuso sexual dentro da Maternidade Jesus, José e Maria, em outubro de 2021. A maternidade chegou a dizer que, em 20 anos de funcionamento, não havia registrado “nada parecido”.
Há ainda uma terceira acusação envolvendo profissional. Trata-se de um caso de denúncia de abuso contra uma criança de 7 anos na Bahia. Quando foi procurada, a Polícia Civil da Estado baiano não divulgou informações por causa da Lei de Abuso de Autoridade. O Tribunal de Justiça da Bahia não se pronunciou também quando questionado.