O Fitch reafirmou o rating do Chile em A-, com perspectiva estável. A agência diz que a nota do país é apoiada por um balanço soberano “relativamente forte”, com relação entre dívida do governo e PIB bem baixo dos pares, indicadores sólidos de governança e um histórico de políticas macroeconômicas dignas de crédito, centradas no regime de metas de inflação e com câmbio flexível. Por outro lado, a renda per capital projetada seguirá baixa em relação aos pares, com alta dependência de commodities e uma alavancagem externa e métricas de liquidez que se deterioram.

Segundo a Fitch, o processo constitucional em andamento no país gera incerteza. O Congresso busca agora estabelecer um texto mais palatável, após a nova Carta elaborada pela Assembleia Constituinte ter sido rejeitada em referendo.

A agência projeta que a economia chilena cresça 2,3% em 2022, com contração de 0,8% em 2023, diante da queda do consumo privado e de medidas de liquidez adotadas na pandemia, bem como a perda de fôlego dos investimentos diante da incerteza política. O Banco Central do Chile deve ainda manter política monetária restritiva por mais tempo, a fim de levar a inflação de volta à meta de 3%, acrescenta ela.