O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que as quebras recentes de alguns bancos nos Estados Unidos tiveram “apenas um efeito modesto nas condições de crédito”. Ao mesmo tempo, adverte que o episódio “poderia potencialmente ser um prelúdio para problemas sistêmicos de estabilidade financeira mais sérios e enraizados”.

A afirmação está em comunicado do Fundo publicado nesta , no contexto da conclusão de missão dele nos EUA, no âmbito do Artigo IV das regras do Fundo. Em sua avaliação, o FMI acredita que juros mais altos por mais tempo no país, necessários para conter a inflação, podem revelar problemas “maiores, mais sistêmicos, nos balanços de bancos”, bem como em instituições financeiras não bancárias e em corporações em geral. Perdas não realizadas por manter ativos de longa duração aumentariam tanto em bancos quanto em instituições não bancárias, e o custo de novo financiamento para pessoas físicas e jurídicas “poderia se tornar não gerenciável”, alerta.

Um aperto do tipo nas condições financeiras dispararia alta em falências, piora na qualidade do crédito e maior estresse para essas entidades com alta alavancagem e com grandes necessidades de financiamento brutas no curto prazo, aponta. “Quanto mais os juros altos persistirem, maior a chance de que tais fraturas sejam reveladas.”

Ainda para o FMI, as quebras recentes de bancos ilustram riscos potencialmente sistêmicos mesmo com intermediários financeiros “relativamente pequenos”. O Fundo vê um diagnóstico correto das vulnerabilidades do sistema, mas acredita que as ações subsequentes de supervisores “nem impediram que os bancos mais vulneráveis continuassem a crescer rapidamente, nem precipitaram mudanças fundamentais nas operações desses bancos”.

Para melhor mitigar riscos sistêmicos, exigências prudenciais mais fortes devem ser feitas aos bancos médios, similares aos dos maiores, recomenda o Fundo. Ele recomenda que os bancos médios passem por testes de estresse e também alinhem suas exigências de capital e liquidez às regras de Basileia.

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