O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou que o Chile teve uma recuperação econômica “impressionante” das consequências da pandemia. Os resultados são de conclusões preliminares de missão do FMI sobre a economia do país, realizada no âmbito do Artigo IV das convenções do Fundo. A expectativa do FMI é que o PIB chileno de 2022 cresça 2,1%, para então registrar uma contração de 1,3% em 2023, antes de retornar a uma taxa potencial estimada de crescimento de 2,5% ao ano no médio prazo.

Em comunicado publicado nesta sexta-feira, 28, o FMI elogiou o Banco Central do Chile (BCCh) por ter apertado a política monetária para domar a inflação, “uma vez que as repercussões globais dos preços foram agravadas por fatores domésticos, incluindo uma forte posição e depreciação da moeda”.

Entretanto, as expectativas de inflação para os próximos dois anos estão acima da meta de 3%.

Segundo os resultados preliminares da avaliação do FMI sobre o país, o balanço de riscos está inclinado para o lado negativo. No lado doméstico, os riscos estão relacionados à inflação persistente, descontentamento social com preços de alimentos e energia e ainda um lento progresso para o atendimento de demandas sociais.

Já os riscos externos incluem a possibilidade de uma desaceleração ou recessão global, volatilidade dos preços das commodities, um aperto das condições financeiras globais e ainda um aumento das repercussões da guerra da Rússia na Ucrânia.