A startup eAgro, de Ribeirão Preto (SP), fechou uma parceria com a cooperativa agrícola Coopercitrus, com sede em Bebedouro, também no interior paulista. Para ter acesso à plataforma de gestão digital, os cooperados contam com um plano diferenciado de pagamento. Em média, os serviços saem por R$ 79 mensais para o monitoramento de uma área de 20 hectares. Pela parceria, os cooperados da Coopercitros pagarão R$ 3 mensais pela mesma área. O sistema para celulares e tablets está disponível em Android e iOS, além de acesso pelo computador. A startup conta com cerca de 1,5 mil fazendas cadastradas em seu sistema, totalizando 86,6 mil hectares em todo o País.

EXTERIOR
Farmgo para chinês ver

A agtech Farmgo, com sede em Maringá (PR), participou da Conferência Rise, realizada em julho, em Hong Kong. Desenvolvedora de monitoramento de lavouras, com a coleta de dados a partir de drones e de redes de satélites, além da análise computacional dos dados, a startup brilhou no país asiático. O analista de sistemas Ricardo Matiello, CEO da Farmgo, apresentou as inovações da agricultura digital no Brasil, ao lado dos maiores gurus da tecnologia global. Estavam lá, empresas como a Microsoft, a Amazon e a Mercedes-Benz. A intenção foi justamente atrair o olhar do investidor asiático para o ecossistema brasileiro de agtechs.

CONECTIVIDADE
Banda cada vez mais larga

A oferta da banda larga 4G passou a ser prioridade para a Khomp, com sede em Florianópolis (SC). A empresa, que já desenvolve soluções para centrais de telecomunicações públicas e privadas, agora aposta na tecnologia Evolução de Longo Prazo (LTE, na sigla em inglês) para a distribuição de sinal em locais distantes. Até o fim deste ano, a meta é chegar a 15 Estados. A Khomp já tem projetos em andamento em alguns deles, como na Paraíba, em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Pará.

IRRIGAÇÃO
Precisão gota a gota

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Até o fim deste ano serão desenvolvidos dois projetos pilotos de irrigação de precisão. Um será numa vinícola do interior de São Paulo e o outro em uma fazenda da região do Matopiba. Em pivôs centrais e de irrigação por gotejamento já em funcionamento nessas propriedades serão implantados sistemas de sensoriamento e controle de água, baseado em internet das coisas (IoT, na sigla em inglês). Com financiamento de cerca de R$ 5,5 milhões, via capital europeu, o trabalho faz parte do programa Smart Water Management Platform (SWAMP), liderado pela Universidade Federal do ABC, em Santo André (SP), e mais 11 instituições de pesquisa do Brasil, mais Itália, Espanha e Finlândia.

ROBÓTICA
Máquinas para reconhecer plantas

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Dentro alguns anos, as máquinas agrícolas poderão reconhecer automaticamente a cultura que estão tratando ou colhendo. E mais, poderão estimar a produção de determinada área, encontrar áreas com deficiência nutricional ou identificar pragas e doenças na lavoura. Este projeto de inteligência artificial e aprendizado de máquina está nas mãos de uma equipe de cientistas brasileiros das Embrapas Informática Agropecuária, de Campinas (SP), e da Instrumentação, de São Carlos (SP), mais a Universidade Estadual de Campinas. Os primeiros testes estão sendo realizados em culturas de milho e de uva. A meta inicial é fazer com que robôs e drones sejam capazes de identificar as culturas e diferenciar o que são frutos, cachos de uvas ou espigas, além de demais estruturas vegetais, como folhas, caules e troncos.

OVINOCULTURA
Plataforma digital de mercado está no ar

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A Embrapa Caprinos e Ovinos, com sede em Sobral (CE), lançou o Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos (CIM). Trata-se de uma plataforma digital, que pode ser acessa pela internet, além reunir dois aplicativos gratuitos para celulares com sistema Android. Pelo CIM, o produtor acessa informações estatísticas de rebanhos, produção de carne, leite e lã, além de custos de producão, estudos de cenários, tendências e projeções de mercado para todo o País. A plataforma pode ser acessada pelo site www.embrapa.br/cim-inteligencia-e-mercado-de-caprinos-e-ovinos.

AVIAÇÃO DIGITAL
Syngenta e perfect flight unidas

Ricardo Beccari

A suíça Syngenta e a agtech paulista Perfect Flight firmaram uma parceria para o avanço do monitoramento digital da pulverização aérea no País. Para os produtores rurais, as duas empresas vão aliar propostas coordenadas para o planejamento de agricultura digital de precisão. A agtech entra com seu sistema de acompanhamento georrefenciado de aplicação aérea de defensivos agrícolas e a Syngenta com a recomendação de boas práticas no campo e insumos mais seguros. As empresas querem ampliar o acesso a soluções digitais para o produtor, impulsionadas por um sistema de aplicação aérea sustentável.