O Fórum Internacional de Energia (IEF, na sigla em inglês) afirmou, em comunicado nesta segunda-feira, 7, que dados iniciais do mercado apontam que as sanções já sofridas pela Rússia, mesmo que não penalizem o setor de energia, já reduziram o estoque de petróleo do país, o que tem levado a preços mais altos e a volatilidade. Indicações iniciais do mercado de hubs de exportação da Rússia no Báltico e no Mar Negro mostram que a demanda por seu óleo tem evaporado, com operadores pesando o impacto da violência e das sanções sobre seguros, o transporte marítimo e o crédito, segundo a entidade.

Secretário-geral do IEF, Joseph McMonigle diz no comunicado que as sanções já têm um “impacto colateral”, já que reduzem o petróleo russo no mercado, segundo os dados preliminares. Os mercados de energia já estavam “apertados” antes do conflito na Ucrânia e a perda adicional na oferta “apenas exacerbará os saltos nos preços e a volatilidade”, alertou.

Há dificuldade para encontrar compradores para até 70% do petróleo da Rússia, o que leva a descontos sem precedentes, diz o IEF. Os compradores relutam em prosseguir com o negócio, diante de incertezas sobre sanções futuras ou riscos à reputação na frente da governança corporativa.

No domingo, os EUA anunciaram que há conversas com parceiros da Europa para vetar importações de petróleo russo de maneira coordenada. Várias empresas de Suécia, Finlândia, Portugal e EUA já anunciaram a suspensão das compras do petróleo do país. Há também alguns problemas no comércio de gás natural liquefeito russo. As entregas de gás por gasodutos para a Europa, porém, seguem normalmente, segundo o instituto.