Fundada por um grupo de empresários do agronegócio em Campinas, interior de São Paulo, a franqueadora Goplan Agronegócio amplia seu portfólio com a inclusão de insumos e serviços para o setor. A empresa nasce com 21 franqueados, 45 mil clientes e presença em 70 lojas espalhadas pelo Brasil. Com faturamento de R$ 1,4 bilhão por ano, atende cerca de 60 milhões de hectares. No curto prazo, focará nos franqueados que já fazem parte de sua rede. A análise de novos parceiros deve acontecer somente no segundo semestre de 2021.

Seguro Rural
Enfim, um bom negócio

Acompanhando os bons resultados do campo brasileiro, a área agrícola segurada no País, enfim, começa a crescer. Passou de 6,9 milhões de hectares em 2019, para 13,7 milhões em 2020. O resultado é reflexo do maior orçamento aplicado no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que chegou a R$ 881 milhões, o dobro do valor concedido em 2019. Além do auxílio oficial, a maior frequência e intensidade de intempéries climáticas contribuíram para alavancar o interesse dos produtores pelo instrumento. “Problemas climáticos e suas consequências nas lavouras pegam muito no bolso do produtor”, afirmou Pedro Loyola, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa. Em 2020, as principais culturas seguradas foram soja (50,4%), milho 2ª safra (17,2%), trigo (6,9%), milho 1ª safra (5,1%), uva (4,7%) e outros (15,5%). Ao todo foram beneficiados aproximadamente 105 mil produtores rurais, totalizando 193 mil apólices. Para o próximo ano safra, o orçamento do PSR está previsto em R$ 976 milhões. Apesar do crescimento de 10% da verba, o aumento nos preços das principais commodities – soja, milho e trigo – poderá diminuir o número de produtores atendidos pelo programa. “Como houve valorização dos grãos, o valor segurado das culturas brasileiras também subirá. Isso se reflete no aumento do valor do prêmio que o produtor paga”, disse Loyola. Mesmo com o percalço, a tendência é de expansão. Segundo Loyola, está aumentando o número de seguradoras interessadas no agronegócio. “Já assinamos com a 15a seguradora, a Ezze Seguros. Além dela, mais quatro estão interessadas em operar no PSR”, disse. Em relação à área, a estimativa do Mapa é que o Brasil possa atingir uma demanda de até 25 milhões de hectares cobertos por seguro rural, no médio prazo.

Sustentabilidade
Sertões da Solidariedade

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Desde que assumiu a função de CEO do Rally dos Sertões, em 2018, Joaquim Monteiro imprimiu mudanças relevantes na maior prova de automobilismo off-road das Américas. Além de mudar o nome para Sertões, trabalha diuturnamente para fortalecer o lado social e ambiental da prova. “Queria um projeto desafiador que entregasse, como contrapartida à sociedade, um sentimento de orgulho de ser brasileiro.” Como resultado, em 2020, o empreendedor promoveu o Rally da Solidariedade, projeto que distribuiu mais de 12 mil cestas básicas nos estados de São Paulo, Goiás, Tocantins, Maranhão, além do Distrito Federal. Para este ano, a ação é focada no legado produtivo, buscando qualificar as pessoas que querem empreender. “Junto do Sebrae iremos acessar cidades que não possuem esse tipo de ajuda. Desta forma as pessoas poderão encontrar um caminho na crise”, disse Leonora Guedes, diretora de Operações e Sustentabilidade do Sertões. Além disso, pela primeira vez na história, a corrida será Carbon Free.

Performance
Frota repaginada

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Para garantir uma operação mais otimizada e eficiente, a Raízen, líder na produção de açúcar, etanol e bioenergia no País, investiu R$ 345 milhões na renovação da frota para a safra 2021/22. O investimento permitirá à empresa reduzir custos com uma frota 5% menor, porém mais eficiente. O valor foi destinado à compra de mais de 500 equipamentos, como colhedoras, carretas e caminhões canavieiros, além de caminhões semiautônomos. As novas aquisições serão distribuídas por todos os polos de operação da companhia.

Investimento
Fertilizantes em movimento

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Especializada na mistura, industrialização, armazenagem e no carregamento de nutrientes agrícolas, a Andali S/A anunciou investimentos de R$ 150 milhões na construção e operação de um terminal de fertilizantes para transbordo ferroviário. Os recursos também serão destinados para uma nova misturadora de adubos em Rio Verde, Goiás. Estima-se que sejam movimentadas 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes, e misturadas 700 mil toneladas do produto por ano. A empresa firmou parceria com a Rumo, maior operadora de ferrovias do País, para possibilitar o deslocamento dos fertilizantes do Porto de Santos até Goiás.

ESG
Agricultura regenerativa

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Como parte do seu Programa de Agricultura Sustentável (SFP), a PepsiCo anunciou metas para impulsionar a “Agricultura Regenerativa” até 2030. Uma das mais ousadas é a decisão de comprar 100% de suas matérias-primas de sistemas produtivos sustentáveis. Dessa forma, pretende ampliar para 2,8 milhões de hectares a área de lavoura com adoção de práticas que ajudem a restaurar e a aumentar a resiliência dos ecossistemas em que estão as plantações. Outro benefício atrelado é a expectativa de reduzir em cerca de 3 milhões de toneladas suas emissões de gases de efeito estufa (GEE).

Finanças
Atvos emite CBios

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Segunda maior produtora de etanol do Brasil, a Atvos encerrou a safra 2020/21 com 2,4 milhões de créditos de descarbonização (CBios) emitidos. O volume a coloca na posição de principal emissora de CBios dentro do programa Renovabio no período. Considerando apenas os meses de 2020, a empresa comercializou 1,8 milhão de títulos, 12% do total de 14,5 milhões de CBios estabelecidos como meta de descarbonização para o ano passado. De acordo com a empresa, o potencial de emissão por safra é de 2,5 milhões de títulos, o que pode representar uma receita de mais de R$ 100 milhões, considerando o valor médio de comercialização na B3 durante o ano de 2020, que foi de R$ 43,66.

Crédito Rural
Sicoob libera R$118 milhões

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De julho de 2020 a março deste ano, o valor das contratações de crédito rural do Plano Safra teve alta de 22% em relação à safra anterior, somando R$ 169,4 bilhões. Considerando o intervalo de janeiro a dezembro, a Cooperativa de Crédito do Sistema Sicoob (Cocre), obteve aumento de 25% na liberação do crédito para seus cooperados, somando R$ 118,7 milhões em linhas convencionais de custeio e investimento, além de outras exclusivas para produtores cooperados.

Capital aberto
Novos IPOs do agro

Após um hiato, o ano de 2021 vem mostrando que o agronegócio está disposto a testar, novamente, o apetite dos investidores. Em fevereiro, a produtora de açúcar e etanol Jalles Machado fez seu IPO e levantou R$ 741 milhões, com ações precificadas a R$ 8,30. Em abril, a Boa Safra Sementes também abriu o capital e arrecadou R$ 460 milhões, com ações negociadas inicialmente a R$ 9,90. Ambas mantiveram os planos mesmo com ofertas inferiores que as originais. Outras empresas, como a plataforma de varejo de insumos AgroGalaxy e a Vittia Fertilizantes, desistiram de suas estreias na bolsa, ao menos por enquanto.

Modernização
Capal remodela unidades

A Capal Cooperativa Agroindustrial, com sede em Arapoti, no Paraná, vai investir R$ 88 milhões nos próximos dois anos. O montante permitirá a construção e reformas das unidades da cooperativa no Paraná e em São Paulo, além de aquisições de equipamentos. Sete unidades da cooperativa serão beneficiadas. Em 2020, a Capal teve aumento de 39,48% no faturamento bruto em relação a 2019, de R$ 1,5 bilhão pasou para R$ 2 bilhões.

Café no Campo com Aline Maldonado Locks, CEO daProduzindo Certo
Contribuir com técnicas para que o produtor consiga implementar uma gestão mais responsável do ponto de vista socioambiental. Foi com esse objetivo que a engenheira Aline Maldonado Locks criou a Produzindo Certo.

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Qual o papel do ESG (ambiental, social e de governança) no campo?
As boas práticas têm que estar nas relações comerciais das empresas com o produtor e não em projetinhos bacanas. Esse é um princípio fundamental para que se consiga elevar a produtividade e rentabilidade na cadeia.

O que impede uma maior disseminação de boas práticas?
Falta de informação. Claro que o produtor quer produzir mais com menos. Além disso, ele gastaria o mesmo recurso para fazer um processo de maneira errada a correta do ponto de vista ambiental. Ele quer fazer certo, mas muitas vezes não sabe como.

Como avalia as acusações de que o agro nacional não é sustentável?
Nós temos um Código Florestal robusto que precisa ser melhor entendido e divulgado. Já a pecuária sofre com a ação de ilegais que derrubam árvores para abrir área com fins imobiliários. Nesse contexto, o produtor tem que assumir um compromisso público com o desmatamento zero, mesmo que ele tenha permissão para fazê-lo.

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