São Paulo, 05/03/2018 – O Serviço de Inspeção Federal (SIF), vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, passou por fraudes que “vinham sendo perpetuadas”, disse o coordenador geral do Dipoa, Alexandre Campos, em coletiva de imprensa sobre a Operação Trapaça deflagrada nesta segunda-feira, 5, pela Polícia Federal. Três estabelecimentos da BRF estão envolvidos na operação e tiveram suas exportações suspensas para os 12 países que têm menor tolerância à presença de salmonela, dentre eles China, África do Sul, União Europeia e Rússia.

Um dos frigoríficos em que foi detectada a fraudes é a unidade da BRF em Mineiros (GO), que já vinha sendo investigada e, após a primeira suspensão em etapa anterior da Operação Carne Fraca, ainda não voltou a exportar. Irregularidades foram constatadas também na planta da mesma empresa em Rio Verde (GO) ainda apta para embarcar a esses mercados externos mas que, segundo Campos, terá a permissão suspensa hoje.

Outro SIF investigado, em Carambeí (PR), voltou a estar apto a exportar em novembro, mas também foi suspenso agora. “Investigadores estão agora nos 3 frigoríficos e se houver algo que prejudique o mercado interno, medidas serão tomadas”, ressaltou o coordenador.

Desde o ano passado, foram respondidos questionamento de mais de 70 países e as notificações sobre prevalência de salmonela envolveram mais de 35 estabelecimentos. “Devemos receber novos questionamentos de importadores e o Ministério (Agricultura) está pronto para responder”, garantiu Campos.