A safra de laranja 2025/26 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi estimada nesta quarta-feira em 306,74 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg, redução de 2,5% em relação à previsão de maio, apontou o Fundecitrus em relatório.

A fundação de pesquisa explicou que a redução se deu devido a uma maior taxa de queda de frutos em função da severidade do greening e do ritmo mais lento da colheita.

Ainda assim, a safra de laranja do principal polo produtor de suco de laranja do Brasil, maior exportador global da commodity, deverá avançar 32,88% na comparação com a colheita passada, que havia sido a mais baixa em 36 anos.

Até meados de agosto, apenas 25% da safra atual havia sido colhida, “um ritmo significativamente mais lento do que o verificado na safra anterior, que já estava em torno de 50% nesse período“.

A colheita mais tardia desta safra está relacionada com a elevada concentração de frutos da segunda florada e à priorização da colheita no ponto ideal de maturação para obtenção de suco de melhor qualidade, explicou o relatório.

“Com isso, observa-se um aumento na taxa de queda prematura de frutos, sobretudo em árvores afetadas pelo greening e submetidas a maior déficit hídrico e temperaturas mais amenas no inverno”, afirmou a instituição.

Os preços do suco de laranja negociados em Nova York registraram ganho de 1,6%, nesta quarta-feira.

Paralelamente, o Fundecitrus afirmou mais cedo que a incidência da doença greening voltou a crescer em 2025 no cinturão citrícola.

A doença, que não tem cura e reduz a produtividade das laranjeiras no Brasil, maior produtor e exportador global de suco de laranja, atingiu 47,63% dos pomares no cinturão produtor de São Paulo e Minas Gerais, um aumento de 7,4% em relação a 2024.