Entre os dias 18 e 24 de abril, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), realizou, em Avaré (SP), o 26º Congresso Brasileiro ABQM. Além de trazer provas em 19 modalidades, cinco leilões faturaram R$ 8,1 milhões com a venda de 168 animais. O Congresso foi o primeiro evento que a entidade promoveu no ano. Em julho, acontece o Campeonato Nacional e, em outubro, a Copa dos Campeões – todos também em Avaré. De acordo com a entidade, somente em serviços, como hotéis, bares e restaurantes, os eventos devem movimentar R$ 18 milhões. “Eles equivalem ao movimento de quatro natais para a economia local, todos os anos”, diz Fábio Pinto da Costa, presidente da ABQM.

Marchador valorizado

Considerado um dos cinco maiores eventos da raça mangalarga marchador deste ano, o leilão Yuri, do criador mineiro Yuri Semansky Engler, faturou R$ 4,4 milhões. Dividido em dois dias de remates, nos dias 21 e 23 de abril, no município de Sete Lagoas (MG), o leilão teve uma receita 32% maior do que a do ano passado. No pregão deste ano, foram comercializados 31 embriões e 38 animais.

Jornada pela cura

O criador paulista de quarto de milha, Filipe Masetti Leite, ficou conhecido “O Cavaleiro das Américas” depois de viajar do Canadá ao Brasil em cima de um cavalo, num trajeto de 16 mil quilômetros, entre 2012 e 2014. Mas ele quer mais. Agora, seu objetivo é percorrer cerca de oito mil quilômetros em um ano. No mês passado, Leite saiu de Barretos (SP), em direção a Ushuaia, na Patagônia argentina. A meta é angariar fundos para o Hospital do Câncer de Barretos e difundir o trabalho filantrópico da instituição.

Crioulo em alta

Cinco leilões promovidos durante o Bocal de Ouro, em Esteio (RS), nos dias 9 e 10 de abril, faturaram R$ 4,2 milhões com a venda de 150 animais. O destaque foi o remate da Cabanha Malke, de José Schwanck, de Uruguaiana (RS), que saiu por R$ 1,4 milhão. As vendas nos remates deste ano cresceram 12,8% em comparação com 2015. O evento, considerado um dos principais torneios do crioulo, faz parte da programação oficial da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos.

Cânter

Cavalgar de Minas Gerais até o litoral carioca, em um trajeto de 1,7 mil quilômetros pela Estrada Real. Foi a ideia do criador paranaense de mangalarga, Paulo Junqueira Arantes, de 64 anos, e abraçada pelos amigos José Henrique Meirelles Castejon, Frederico Castejon Simioni e Sérgio Lima Beck. Em abril, eles iniciaram uma viagem de 45 dias, levando a mensagem do bem-estar animal.

Como surgiu essa ideia?
Ela surgiu há cerca de quatro anos, quando eu e esse mesmo grupo de criadores fizemos o tradicional caminho de 750 quilômetros de Santiago de Compostela, na Espanha. Queríamos fazer uma cavalgada semelhante no Brasil, por um trajeto que fosse importante para a história do País. Encontramos isso na Estrada Real.

Por que o bem-estar animal é o mote da viagem?
Queremos mostrar que é preciso preparar o animal para cavalgadas. Há muitos eventos no País que não fazem nenhum tipo de treinamento com os cavalos.

O que será monitorado?
Vamos monitorar os batimentos cardíacos dos animais durante toda a viagem. Cada um de nós levará dois cavalos e a ideia é revezar a monta a cada
40 quilômetros.

Qual o trajeto da viagem?
Partimos de Diamantina, em Minas, passamos por Tiradentes, Ouro Preto,
São João Del Rei, Mariana, e depois no Rio de Janeiro, Paraty e a capital. O trajeto é repleto de cultura e belas paisagens.