O sistema do Boi 7.7.7, desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da regional da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) Alta Mogiana, em Colina, para garantir maior produtividade e qualidade da carne bovina, é destaque da BeefExpo 2016, que está sendo realizada em São Paulo de 14 a 16 de junho. Centenas de especialistas do setor conheceram a técnica, apresentada por meio de palestras nos três dias do evento e garante menor tempo para o abate, reduz impacto ambiental e os custos de produção.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, que visitou a feira, no dia 14 de junho, no Centro de Eventos Pró Magno, destacou que a realização do evento preenche um importante espaço de integração do setor pecuário em São Paulo, ao unir os elos da cadeia, desde a produtiva.

“A Secretaria de Agricultura está participando ativamente dessa discussão, do ponto de vista da produtividade, seja no manejo ou na nutrição do conceito do Boi 7.7.7. Tudo isso em um momento peculiar para a pecuária, em que o País tem conseguido se manter a salvo das questões sanitárias, no que diz respeito à febre aftosa e à brucelose, e promovido acentuada melhoria genética do plantel, o que nos consolida como o maior exportador de proteína bovina do mundo”, observou.

“A inovação desenvolvida pela Apta permite um maior ganho de produtividade e qualidade e contribui para que o País tenha esse reconhecimento. Aproximar a tecnologia gerada pela pesquisa do pecuarista é umas das diretrizes do governador Geraldo Alckmin”, continuou o secretário.

Para a diretora de marketing e eventos da Safeway Agro, e organizadora da BeefExpo 2016, Flávia Roppa, “a união entre os elos da cadeia produtiva, proporcionada pelo evento, faz com que todos possam receber a mensagem de produzir uma carne de ainda melhor qualidade”.

“A tecnologia do Boi 7.7.7 é uma grande contribuição do governo paulista a um setor altamente relevante para a economia nacional” explicou o coordenador da Apta, Orlando Melo de Castro. A diretora do Instituto de Zootecnia Renata Branco Arnandes e o assessor da Secretaria Alberto Amorim também acompanharam a visita.

Boi 7.7.7

Durante a feira, que será realizada até o dia 16 de junho, os produtores e demais interessados tem a oportunidade de esclarecer suas dúvidas sobre os padrões da carcaça do Boi 7.7.7., e os ganhos na produtividade obtidos com a técnica em relação ao animal comum, tanto para o pecuarista, como para o frigorífico e o consumidor.

De acordo com o coordenador do Polo Regional da Apta da Alta Mogiana, em Colina, Flávio Dutra de Resende, que ministrará a palestra em duas edições diárias até 16 de junho, “os participantes conseguem saber onde é possível agregar maior valor na produção e até mesmo podendo promover um maior consumo de carne. A procura tem sido grande, com as vagas sendo preenchidas rapidamente, o que mostra o grande interesse dos pecuaristas em conhecer e aplicar as inovações tecnológicas obtidos por meio da pesquisa”.

O sistema reduz o tempo do abate do animal de 38 para 24 meses, com o ganho das sete primeiras arrobas na cria, mais sete na recria e as demais sete na terminação. No entanto, a etapa intermediária é a que recebe menor acompanhamento dos pecuaristas, apesar de ser fundamental para o processo, como alertou o pesquisador da Apta, Gustavo Rezende Siqueira, que palestrou no evento. “Por isso, a proposta é mostrar que os parâmetros e ferramentas nutricionais e de manejo da fase intermediária para que o animal consiga produzir as 21 arrobas finais”, afirmou.

As vantagens do Boi 7.7.7 chamaram a atenção do público que acompanhou a palestra. “O sistema é muito interessante, pois apresenta uma boa alternativa aos pecuaristas para produzir um boi de qualidade, com um peso bom e que atende a demanda dos consumidores por proteína animal”, disse o pecuarista Ricardo Vicente, da Fazenda Bom Jesus. Fonte: Ascom