A Petrobras anunciou o fim da paridade de preços internacional (PPI) para definir o valor do litro dos combustíveis no Brasil. A nova estratégia da estatal ainda não tem definições claras, mas prevê reajustes sem periodicidade definida.

Segundo Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, a Petrobras vai reduzir o preço do gás de cozinha (GLP) em mais de 21%, com redução de R$8,97 no botijão de 13kg.

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Gasolina e diesel também podem ter preços mais baixos, com a primeira ficando R$0,40 mais barata e o segundo com redução de R$0,44, conforme anunciou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

A nova política de preços usará a base de mercado interno, como custo ao cliente e valor marginal para a Petrobras. Prates reforçou, em coletiva com jornalistas, que os preços seguirão tendo “referência” internacional.

Analistas avaliam anúncio da Petrobras

“No momento, não deve haver quedas significativas de preços”, afirma José Ronaldo Souza, professor de Macroeconomia no Ibmec RJ. Para ele, num prazo mais longo, se o preço do petróleo subir e/ou a taxa de câmbio se desvalorizar muito, é provável que o repasse desses fatores sobre os preços ao consumidor seja, no mínimo, amortecido.

“O comunicado da nova política de preços da Petrobras não é muito claro sob o ponto de vista técnico, tendo muito mais um sentido político de atender aos interesses governamentais e suas crenças para a empresa e para o setor”, afirma Gilberto Braga, economista e professor do IBMEC RJ.

Conforme avalia o professor, os novos preços dos derivados serão definidos por uma equação ainda não divulgada em seus detalhes, que combina “preços competitivos” internos – que não se sabe ao certo o que é; os preços internacionais, os custos de refino e as margens de remuneração da cadeia de distribuição.