30/06/2020 - 7:09
O general de Exército da reserva Antônio Gabriel Esper morreu na segunda-feira, 29, aos 74 anos, vítima de um câncer. Desde que deixou o Comando de Operações Terrestres, seu último cargo no Exército, em 2011, o general trabalhava na Federação das Indústrias de São Paulo. Atualmente exercia o cargo de diretor executivo e assessor para assuntos estratégico da Fiesp. Como quatro-estrelas, ocupou ainda o cargo de comandante Militar do Sudeste, em São Paulo, onde seu corpo será velado, na manhã esta terça-feira, 30. Depois, será cremado.
Um do melhores amigos do general Esper, que era, inclusive, padrinho da sua filha, o ministro general Augusto Heleno, chefe do GSI, lamentou a perda. “Meu grande amigo há sessenta anos. Soldado por vocação, querido por todos, conciliador, homem do bem, apaixonado por tudo que decidia fazer. Perda doída para mim e para minha família.” Para o Estadão, o ministro ainda destacou que Esper “teve uma brilhante carreira militar, onde alcançou os mais altos postos”.
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também lamentou. “O general Esper teve uma brilhante carreira militar, onde alcançou os mais altos postos, e também teve atuação de destaque na carreira civil. Por onde passou, deixou sua marca. Mas, acima de tudo, era um ser humano excepcional, solidário, bom, um amigo leal”, afirmou ao Estadão.
Em nota oficial, o Comando do Exército informou, “com pesar”, a morte e informou que o velório “será realizado nesta terça-feira, dia 30 de junho de 2020, das 9h às 11h, na capela do Quartel-General Integrado do CMSE’’. A nota diz ainda que, por decisão da família, o corpo será cremado no mesmo dia, em cerimônia restrita. Nos últimos anos, o general passava 20 dias em São Paulo e dez no Recife, onde morava sua família.
O general também ocupou o cargo de chefe do Centro de Comunicação Social do Exército, quando o comandante era o general Francisco Albuquerque e o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Em outubro de 2004, em pleno governo PT, publicou uma nota defendendo o governo militar, que acabou alvo de críticas dos mais diversos segmentos como Ordem dos Advogados do Brasil, Fenaj, parlamentares do Congresso.
Durante sua carreira, o general Esper também foi adido militar no Irã, reabriu o Colégio Militar do Recife, comandando-o depois, em 1994. Entre 2000 e 2002 comandou a 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, na capital pernambucana.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.