Começou em Bonito (MS), o início das apresentações dos resultados de protocolos de inseminação artificial por tempo fixo (IATF) e transferência de embrião por tempo fixo (TETF) em fazendas pelo Brasil afora, coletados durante a estação de monta 2015/2016. Foram analisados dados de 1,24 mil propriedades com 844 mil matrizes inseminadas. Depois de Mato Grosso do Sul, os resultados também serão apresentados em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Maranhão e Minas Gerais, até setembro deste ano.

O projeto é uma iniciativa do Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho (Gerar), um grupo qualificado de 250 técnicos (a maioria médicos veterinários), que neste ano completa dez anos de existência, consolidando-se como referência no trabalho científico de agrupamento de dados reprodutivos de fazendas de gado de corte e de leite spalhadas pelo Brasil.

Pelos dados apresentados pelo grupo ao longo desses dez anos, da estação de monta 2007/2008 para 2015/2016, a taxa média de prenhez à primeira IATF saiu do patamar de 48,2% para quase 52%. Atualmente o grupo mantém um banco de dados com cerca de 3 milhões de protocolos de IATF/ TETF.

“O grupo tornou-se uma fonte de discussão técnica”, diz José Luiz Moraes Vasconcelos, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), do campus de Botucatu (SP). A instituição foi responsável pelas análises dos dados das fazendas assistidas pelos técnicos do grupo e pelo trabalho de orientação e aperfeiçoamento dos protocolos reprodutivos.

“Após a apresentação dos dados, debatemos estratégias para otimizar os resultados, o que permite aos técnicos participantes atualizar a orientação aos pecuaristas sobre a melhor forma de incrementar os índices zootécnicos relacionados à eficiência reprodutiva do rebanho”, diz Vasconcelos.

O evento de Bonito, realizado de 28 a 30 de julho, reuniu de cerca de 40 técnicos além de focar os números reprodutivos de Mato Grosso do Sul, levantados por profissionais locais. “Tanto em Bonito quanto nos demais encontros regionais deste ano, seguiremos o mesmo modelo de sucesso das reuniões anteriores, ou seja, trocaremos informações e experiências que certamente irão resultar em melhorias dos manejos reprodutivos a serem efetuados na temporada seguinte”, afirma Vasconcelos.