A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quarta-feira, 24, que não houve falha na articulação política do governo na votação do arcabouço fiscal, aprovado nesta terça-feira, 23, na Câmara dos Deputados, por 372 votos contra 108. Em entrevista ao canal GloboNews, Gleisi disse que o placar do arcabouço foi muito expressivo e que o Poder Executivo fez as articulações necessárias. “É uma matéria muito técnica”, afirmou.

Na sessão da noite desta terça-feira, o PSOL e a Rede, partidos da base, votaram em peso contra o projeto.

Em relação ao PSOL, Gleisi, no entanto, afirmou que em nenhum momento o acordo eleitoral do PT com a legenda condicionou apoio às “votações totais” da base do governo.

“É óbvio que, apoiando o presidente, nós convidamos o PSOL para integrar a base, mas o partido deliberou que não integraria o governo, mas daria apoio”, declarou.

Ela disse que o entendimento fechado com o PSOL e com o líder da legenda na Câmara, Guilherme Boulos (SP), foi para as eleições para a Prefeitura de São Paulo, em 2024, e o apoio às candidaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a governador de São Paulo. O PT deve apoiar Boulos para prefeito.

Sobre o apoio integral da bancada do PT na Câmara ao marco fiscal, Gleisi disse que é o partido do presidente da República e que nunca faltará ao governo, mas sem deixar de fazer os debates. “Posicionamento do PT ajudou muito a barrar retrocessos que poderiam acontecer”, declarou.