São Paulo, 23 – O Estado de Goiás deve colher safra de soja entre 15% e 23% menor em 2023/24 em relação ao ciclo anterior, de 2022/23. A produção deve ficar entre 13,8 milhões e 15,2 milhões de toneladas da oleaginosa, ante 17 milhões de toneladas em 2022/23, informou nesta terça-feira, 23, em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), com base em dados da Expedição Safra Goiás.

Segundo a entidade, no ciclo passado a produtividade obtida foi de 65 sacas por hectare, mas com o cenário atual, de seca em momentos importantes de desenvolvimento das plantas, o rendimento por hectare deve ficar entre 50 e 55 sacas.

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“Entre as regiões mais atingidas estão o sudoeste de Goiás, o Vale do Araguaia e o nordeste goiano”, diz a Faeg.

Ainda conforme a entidade, a expedição, que rodou 8 mil quilômetros pelo Estado nas cinco regiões produtoras do grão, verificou lavouras em diversos estágios de desenvolvimento: “Algumas colhidas, soja em situação de germinação e lavoura de safrinha já semeada”, diz. “Tudo isso por causa da variação das condições climáticas.”

Em relação ao milho de inverno, ou “safrinha”, a Faeg projetou que pode haver uma “redução drástica” de área plantada e preços do grão mais altos no segundo semestre. Tal situação deve aumentar custos de produção de aves, suínos, bovinos de corte e bovinos de leite.