A Gol registrou um prejuízo líquido de R$ 2,85 bilhões no segundo trimestre de 2022, revertendo resultado positivo de R$ 642,9 milhões registrado um ano antes, informou a companhia em balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quinta-feira. No critério recorrente, a companhia apurou prejuízo líquido de R$ 620,8 milhões, reduzindo em 51,7% as perdas de um ano antes.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente do trimestre alcançou R$ 439 milhões, ante resultado negativo de R$ 547,4 milhões no mesmo período de 2021. Com isso, a margem Ebitda recorrente foi de 13,5% de abril a junho, ante margem negativa de 53,2% um ano antes.

A receita operacional líquida da companhia alcançou R$ 3,24 bilhões no segundo trimestre, ante R$ 1,02 bilhão no mesmo período de 2021.

Em balanço, a companhia afirma que os resultados do segundo trimestre “demonstram a consistente recuperação da demanda em um trimestre historicamente caracterizado pela baixa sazonalidade no setor aéreo brasileiro”. A aérea acrescentou que os investimentos em tecnologia e oferta de produtos “são essenciais para ampliar a posição de liderança da Gol, tanto com a atual retomada do público corporativo como no aumento da oferta de novas rotas para os clientes que buscam destinos a lazer”.

Projeções

A Gol revisou suas projeções financeiras para 2022 diante dos aumentos consecutivos nos preços de querosene de aviação (QAV) no País desde o início do ano, bem como os movimentos de repasse em tarifas, informou a companhia na manhã desta quinta-feira. Para o ano, a aérea projeta uma receita líquida total de R$ 15,4 bilhões, ante projeção anterior de R$ 13,7 bilhões.

No segmento de carga e outras receitas, a companhia elevou a projeção de receita líquida de R$ 800 milhões para R$ 1 bilhão no ano.

A companhia reduziu a projeção de taxa de ocupação média para o ano de 82% para 80%. A projeção de frota total média passou de 130 a 140 para 132 a 138 aeronaves no ano. “Para 2022, a companhia reitera seu foco na transformação da frota e prevê que até o final do ano 44 aeronaves 737-MAX estejam em operação, representando cerca de 32% da frota total”, disse no documento de atualização.

Para 2022, a companhia espera margem Ebitda de 20%, ante projeção anterior de 24%. A aérea reduziu a previsão de dívida financeira de aproximadamente US$ 2,1 bilhões para US$ 2 bilhões. Por outro lado, manteve a projeção de alavancagem (dívida líquida sobre o Ebitda) de 8 vezes em 2022.