Após a confirmação de um caso de doença de Newcastle em 17 de julho, o Ministério da Agricultura e Agropecuária (Mapa) declarou estado de emergência zoossanitária no Estado do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira, 19. A medida busca dar início a execução do Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle.

O plano prevê o abate de todas as aves do local onde foi identificado o foco da doença, assim como a limpeza e desinfecção do espaço. Serão ainda definidas barreiras sanitárias com sistema de desinfecção na entrada do estabelecimento e estabelecidas zonas de vigilância em todas as propriedades existentes no raio de 10km.

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O Mapa enviou ainda um projeto de lei ao Congresso que busca possibilitar ao ministério a convocação de todas as esferas governamentais – união, estados e municípios – para que seja feita uma atuação mais ágil.

Ministério afirma que consumo é seguro

Em nota, o Mapa informou que “a população não deve se preocupar e pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da própria região afetada”. O motivo seria as inspeções do Serviço Veterinário Oficial (SVO), que garantem a segurança do consumo.

No dia 18, o ministro da pasta, Carlos Fávaro, já havia defendido que a situação estava controlada. “Foram tomadas todas providências de isolamento. É importante tranquilizarmos a população que a Newcastle não é uma zoonose transmissível”, disse.

A doença de Newscastle é uma enfermidade causada por um vírus. Os sintomas para as aves domésticas e silvestre incluem sinais respiratórios seguidos de manifestações nervosas, diarreia e edemas na cabeça. Casos da mazela devem ser obrigatoriamente notificados à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).

Segundo a nota do ministério, os últimos casos no Brasil haviam sido registrados em 2006 nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.