O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 1,30% em julho para uma elevação de 0,24% em agosto, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,05 ponto porcentual para a taxa de -0,36% do IPCA do último mês.

A alimentação no domicílio aumentou 0,01% em agosto. Houve altas em itens importantes na cesta das famílias, como o frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). na direção oposta, ocorreram quedas expressivas nos preços do tomate (-11,25%), batata-inglesa (-10,07%) e óleo de soja (-5,56%).

O preço do leite longa vida caiu 1,78% em agosto, contribuindo com -0,02 ponto porcentual para o IPCA do mês, após ter subido 25,46% em julho.

“Essa desaceleração em alimentação e bebidas, tem a ver com a queda no leite. Esse foi o principal fator que mudou de julho para agosto”, apontou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. “Os preços continuam em patamar elevado”, ponderou.

Segundo ele, a ligeira queda no preço do leite em agosto reflete tanto uma base de comparação muito elevada como uma aproximação do fim do período de entressafra, que costuma se estender até setembro. O leite longa vida ainda acumula uma alta de 74,68% apenas neste ano.

A alimentação fora domicílio subiu 0,89% em agosto. A refeição fora de casa aumentou 0,84%, e o lanche teve elevação de 0,86%.