11/01/2022 - 11:16
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um recuo de 0,04% em novembro para uma elevação de 0,84% em dezembro, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,17 ponto porcentual para a taxa de 0,73% do IPCA do último mês.
A alimentação no domicílio aumentou 0,79% em dezembro. As famílias pagaram mais pelas frutas (8,60%), carnes (1,38%), café moído (8,24%, 10º mês consecutivo de alta, acumulando elevação de 50,11% de março a dezembro) e cebola (20,94%). Por outro lado, houve recuo nos preços da batata-inglesa (-14,55%), tomate (-9,21%) e leite longa vida (-2,89%).
A alimentação fora do domicílio subiu 0,98% em dezembro. Tanto o lanche fora de casa quanto a refeição tiveram aumento de 1,08%, contribuindo juntos com 0,06 ponto porcentual para o IPCA do mês.
Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, a alta nos alimentos em dezembro teve influência de um aumento sazonal na demanda, mas também impacto do clima desfavorável para algumas lavouras.
“Frutas e carnes são muito consumidos no fim do ano. As chuvas acabaram sendo muito boas em algumas regiões, como para pastagens, mas acabaram prejudicando alguns itens, como foi o caso da cebola”, disse Kislanov.
O pesquisador lembrou ainda que o fim do embargo da China à carne brasileira pode ter reduzido a oferta do item no mercado doméstico, pressionando preços.