Em evento realizado em sua unidade fabril de Goiás, em Goianira, o Grupo Matsuda apresentou a produtores pecuaristas, técnicos e público em geral, um pacote tecnológico completo, reunindo novas variedades forrageiras e um novo protocolo de nutrição animal.  Resultado de mais de dez anos de pesquisas, as duas novas cultivares MG 11 Tijuca (Setária Híbrida) e MG7 Tupã (Andropogon Híbrido), são voltadas para o alto melhoramento genético dos rebanhos, sendo uma para regiões áridas – Tijuca – e a outra, Tupã – para regiões de áreas degradadas ou pantanosas.

O Programa Desempenho Máximo,  uma metodologia de alimentação do rebanho bovino, desenvolvido por seu Departamento Técnico de Nutrição Animal com o objetivo de facilitar o emprego das diversas formulações de suplementos minerais, energéticos e proteicos pelo pecuarista, para que ele obtenha o máximo de resultados possível, dentro de sua propriedade rural, seja ele produtor de bezerro, de carne, de leite a pasto ou em confinamento, independente do seu sistema de produção ou nível tecnológico adotado em sua propriedade.

Como o brasileiro, que sempre faz questão de combinar o arroz com o feijão, no seu prato, no prato do boi também não pode existir só capim forrageiro, ou só suplemento mineral. É da perfeita combinação dos dois, de acordo com cada sazonalidade do ano bovino, que o pecuarista consegue melhor produtividade do seu rebanho, e maior rentabilidade de seu negócio.

Novas cultivares

Para o engenheiro agrônomo Alberto Takashi, do Departamento Técnico do Grupo Matsuda e um dos coordenadores do estudo de desenvolvimento das novas cultivares, que esse lançamento “é o resultado da dedicação do corpo técnico da empresa, muita pesquisa e avaliações desenvolvidas durante quase 15 anos de trabalho sério e comprometido. As novas cultivares foram selecionadas a partir de seu próprio banco de germoplasma e devidamente registradas e protegidas junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.

A MG7 Tupã é o trabalho de cruzamento de diversos acessos de Andropogon iniciou-se em 2004 (trata-se de uma população híbrida obtida pelo método de policross). Esses materiais vieram do germoplasma da Matsuda Genética. Em seguida o processo foi de seleção de plantas com características superiores desejáveis como a maior produção de forragem, melhor qualidade nutricional, porte mais baixo e plantas de ciclo mais tardio. Os testes de distinguibilidade, de homogeneidade e de estabilidade foram feitos em 2010 e 2011.

Trata-se de uma gramínea tetraplóide de ciclo perene, forma touceira com vários perfilhos, planta de porte médio, colmo com 0,47 cm de diâmetro, folha com 90 cm de comprimento e 3,0 cm de largura, de coloração verde e média pilosidade. O ciclo de florescimento é de aproximadamente 110 dias.

A MG 7 Tupã é uma planta forrageira para solos de média a baixa fertilidade, para solos poucos profundos e também com cascalho. É uma ótima opção para regiões mais secas. Recomendado para bovinos nas fases de cria, recria e engorda e também pode ser consumido pelos equinos. Essa cultivar apresenta fácil manejo pelo porte menor, talo mais fino, folhagem mais intensa e ciclo mais longo. O pastejo deve ocorrer quando as plantas atingirem 50 a 60 cm, até a altura de 18 a 20 cm do solo.

Quanto à MG11 Tijuca, trata-se de uma cultivar originária de cruzamentos de diversos acessos de Setaria sphacelata originários da Matsuda Genética e posterior seleção (trata-se de uma população híbrida obtida pelo método de policross). Os cruzamentos tiveram início em 2004 e a seleção de plantas com boa produção de forragem, maior quantidade de folhas, porte mais baixo e menores teores de oxalato, características superiores a cultivar Kazangula, comercializada há anos.

A cultivar MG11 Tijuca é uma gramínea tetraplóide, de ciclo perene, planta entouceirada de crescimento ereto, altura em torno de 1,65m, com folhas de coloração verde-azulada, folhas com mais de 30 cm de comprimento e mais de 1,0 cm de largura, colmo fino com 0,38 cm de diâmetro. A planta possui bom desenvolvimento do sistema radicular e presença de rizomas.

Possui boa qualidade nutricional, tolera solos de média a baixa fertilidade, recomendada para bovinos nas fases de cria, recria e engorda. Pode ser utilizada também para equinos. A boa tolerância aos solos mal drenados faz com que a MG11 Tijuca seja uma boa opção para substituir a Humidicola nestas áreas. Além disso, possui a vantagem de apresentar melhor qualidade nutricional e as sementes não apresentam dormência. O pastejo deve ocorrer com plantas de 60 a 70 cm, até a altura de 20 cm do solo.

As sementes dessas cultivares serão comercializadas através da tecnologia de revestimento “Série GOLD MATSUDA”, que se utiliza no tratamento de polímero e fungicida, facilitando o plantio. Opcionalmente, a critério do cliente, poderão ser adicionados ao tratamento, inseticidas específicos. Jorge Matsuda ressalta que o Grupo Matsuda “sabe de sua responsabilidade para com nosso País e para o mundo e este lançamento é marcante para nós, pois representa uma oportunidade de imersão sobre o significado da marca Matsuda, nos segmentos da pecuária de corte e de leite; e de refletirmos sobre os imensos desafios que temos pela frente, para continuarmos crescendo comercialmente, e oferecendo produtos com alto índice de desempenho no campo, seja em termos de produtividade do rebanho, seja em rentabilidade para o pecuarista, priorizando a sustentabilidade na pecuária”. 

Programa Desempenho Máximo

O Programa Desempenho Máximo consiste numa metodologia de alimentação do rebanho bovino, desenvolvido por seu Departamento Técnico de Nutrição Animal com o objetivo de facilitar o emprego das diversas formulações de suplementos minerais, energéticos e proteicos pelo pecuarista, para que ele obtenha o máximo de resultados possível, dentro de sua propriedade rural, seja ele produtor de bezerro, de carne, de leite a pasto ou em confinamento, independente do seu sistema de produção ou nível tecnológico adotado em sua propriedade.

Segundo Jorge Matsuda, diretor presidente do Grupo, esse programa veio para “auxiliar o pecuarista, o empresário, o produtor, o pequeno produtor, o leiteiro e os técnicos que atuam na área”.

O sistema Mais Bezerro visa melhorar o peso e a idade ao desmame, menor idade ao primeiro parto, reduzindo o intervalo entre partos.

Ele explica que, “como vimos ao longo de nossa experiência de mais de 30 anos na produção de suplementos, existem muitos produtos no mercado, uma gama imensa com várias denominações e formulações, deixando o produtor pecuarista confuso com sua utilização. Por isso desenvolvemos o programa, após longos estudos e experimentos, resultando num método balanceamento de manejo nutricional, ideal para desenvolver o animal em cada etapa de desenvolvimento e de acordo com o período do ano”.

Para o médico veterinário Fernando A. Nunes de Carvalho, coordenador do Departamento técnico de Nutrição do Grupo Matsuda, “a metodologia do Programa Desempenho Máximo é simples, criada exatamente para facilitar o manejo nutricional na fazenda, por meio de todo um processo de informações visual. São ‘escadas’ com a indicação dos produtos a serem utilizados de acordo com a curva de crescimento. Para a produção de carne a pasto, por exemplo, são considerados 29 meses de criação, desde o nascimento (28 kg) até o acabamento (550 kg). Para vacas produtoras de leite, também a pasto, são considerados 39 meses de criação, desde o nascimento, passando pela desmama, cobertura, parto, nova cobertura e novo parto, quando o animal atinge 556 kg. Há banners também para o manejo nutricional de bezerros, de gado de corte confinado e de criação intensiva de gado leite”.

O programa Desempenho Máximo apresentado pelo Grupo Matsuda está dividido em cinco sistemas de produção, indicando os períodos de fornecimento dos produtos, de acordo com a evolução do crescimento e peso: Mais Bezerro, Mais Carne – Pasto, Mais Carne – Confinamento, Mais Leite – Pasto e Mais Leite – Intensivo.

Goiás

O lançamento pelo Grupo Matsuda desses dois programas nutricionais para os produtores goianos busca atender uma região que tem demonstrado seu valor e importância no cenário da pecuária brasileira. A pecuária é uma atividade tradicional em Goiás, que remonta ao fim do período aurífero no século XVIII. Parcela relevante da população residente no território em que hoje se situa Goiás, após o esgotamento do ouro, se dedicou à criação extensiva de gado. Essa atividade subsistiu ao tempo e chegou ao século XXI como uma atividade de alta produtividade.

Mato Grosso, Minas, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará respondem, juntos, por mais da metade do rebanho nacional (54,0%). E a Região Centro-Oeste, é a principal região produtora, responsável por 33,5% do gado nacional, com 71,234 milhões de cabeças, segundo o IBGE. Com cerca de 22 milhões de cabeças, Goiás ocupa hoje a terceira posição a nível nacional em relação ao tamanho do rebanho bovino, mais de 10% do total nacional. Desses, cerca de 100 mil são criados em sistemas de confinamento. De acordo com a Associação Nacional dos Confinadores, Goiás é o primeiro produtor nacional de bovinos de corte em confinamento. Essa modalidade de produção, intensiva em tecnologia, garante ao Estado no período da seca, período cuja oferta de gado é menor, posição de importante fornecedor para o mercado bovino brasileiro.

A produção leiteira goiana é de 3,546 bilhões de litros, representando o 4º lugar nacional, com participação de 11% na produção nacional. São dados como esses que comprovam a importância goiana para a economia nacional.

A abundância de grãos do Estado estimulou a integração entre o setor agropecuário e a indústria. A soja, milho e o sorgo são importantes componentes proteicos para formulação de rações industriais para o rebanho de gado, aves e suínos. A partir da integração desses setores, formando o complexo grãos/carnes, viabilizou-se a redução de custos de transação, produção e logística, gerando crescimento em todos os segmentos de criação intensiva de animais no Estado.

Para o presidente do Grupo, Jorge Matsuda, a empresa “não poderia ficar alheio a esses números. E é por isso que o Estado de Goiás e região acabaram merecendo essa atenção redobrada do Grupo Matsuda, que apresenta produtos dos dois segmentos da nutrição – pastagens e suplementos, de uma só vez, como forma de ampliar ainda mais o cardápio do rebanho goiano”. Fonte: Ascom