11/12/2021 - 15:00
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que enquanto o atual governo estiver no comando, continuará tentando fazer reformas. “Claro que a classe política vai querer se desviar para as eleições 2022, não vão avançar muito o barco. Mas a função da Economia é continuar cutucando. Enquanto tiver bambu, tem flecha”, disse, ontem em entrevista ao Opinião do Ar da Rede TV!
Guedes ressaltou que muitas pessoas ao entorno do presidente Jair Bolsonaro o aconselhando a não fazer a reforma administrativa. “Eu acho um equívoco brutal. Porque a nossa reforma administrativa é basicamente um filtro, uma meritocracia, uma criação de critérios para o futuro. Nós não precisamos atingir nenhum direito do funcionalismo público atual, mesmo porque eles já deram a contribuição deles durante a pandemia”, afirmou.
O ministro citou que o governo controlou três grandes gastos e que agora, o quarto, são os precatórios. “Entramos e controlamos a primeira grande despesa, eram R$ 700 bilhões todo ano com a previdência, e crescendo de forma descontrolada. Entramos e controlamos essa despesa, demos previsibilidade para os gastos previdenciários, eles estão controlados.”
De acordo com Guedes, o segundo grande gasto era com juros da dívida. E, conforme ele, o governo agiu da seguinte forma, reduzindo a dívida/PIB e mudando a magnitude. Segundo o ministro, foi feita uma dose fiscal mais forte para os juros não ficarem tão altos, o que levou à economia de R$ 100 bilhões por ano em juro da dívida e R$ 100 bilhões por ano em previdência. Além disso, mencionou mais R$ 160 bilhões em dois anos, R$ 80 bilhões por ano, com salário do funcionalismo. “Não faria sentido ter aumento de salário durante a pandemia”, afirmou.
O ministro explicou que no caso desses R$ 16 bilhões, teve um impacto fiscal mais elevado do que se o governo tivesse feito a reforma administrativa. Segundo ele, essa reforma pode vir relativamente leve, tende a economizar R$ 30 bilhões por ano nos próximos 10 anos. “Então, ela está pronta para ser aprovada. Acho que a reforma administrativa dá voto”, afirmou.