O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, relatou que os empresários japoneses com os quais se encontrou estão interessados na aprovação de um acordo comercial entre Mercosul e Japão.

“O acordo Mercosul-Japão está na ordem do dia para os empresários japoneses, que se interessam por esse acordo e querem que o governo japonês tenha um olhar interessado, particular para as exportações vindas do Brasil para cá”, disse o ministro a jornalistas em Niigata, Japão, cidade-sede do G-7 financeiro.

De acordo com o ministro, que destacou as relações históricas entre Brasil e Argentina, o encontro com os empresários japoneses também tratou da reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios brasileiro, de forma a fortalecer os investimentos vindos do país asiático.

“Falamos muito da reforma tributária, interessa demais aos investidores japoneses por uma série de problemas complexos que serão simplificados pela reforma, como também das exportações brasileiras ao Japão. Queremos manter a nossa quota-parte no mercado japonês”, declarou Haddad.

Argentina

Haddad afirmou também que uma das pautas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua participação no G-7 da próxima semana é a situação econômica da Argentina. O Brasil tem mobilizado esforços no socorro à nação vizinha.

“Uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G-7 é para tratar desse assunto. Para nós, é uma questão fundamental que esse problema seja endereçado. E o presidente Lula virá na próxima semana com a mesma preocupação, estou antecipando o que ele próprio, de viva-voz, vai trazer”, declarou o ministro após se encontrar com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.

Haddad está em Niigata para o G7 Financeiro, marcado para esta sexta-feira, 12, e retorna ao Brasil no sábado (13). Lula, por sua vez, irá a Hiroshima na semana que vem para o G-7 presidencial. O Grupo dos Sete é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão. O Brasil participa dos encontros na condição de convidado.