Com a infraestrutura em foco, o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, criticou a falta de investimento do Executivo do Estado, lembrando o conflito entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

“Você fala de infraestrutura como se infraestrutura fosse asfalto, asfalto, asfalto. Infraestrutura é hospital, é UPA, UBS, CEU, escola, instituto federal, universidade”, disse. “Nunca tivemos tão pouco investimento do governo federal em São Paulo, e por quê? Por causa de uma briga boba entre o governador e presidente”, disse.

Em resposta, Tarcísio reclamou da falta de entregas de Haddad durante sua gestão na Prefeitura da capital. “Você prometeu inaugurar o hospital de Parelheiros, Brasilândia, Vila Matilde e não entregou”, exemplificou. Em sua resposta, Haddad disse ter deixado as obras prontas para seu sucessor. “Começo obra e deixo pro sucessor dinheiro em caixa para terminar”, justificou-se.

O debate sobre a falta de investimento se expandiu para a área da cultura, em que Haddad citou o apoio da classe artística que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) soma na corrida presidencial. “Não existe quem cuide da cultura”, afirmou o petista sobre o governo Bolsonaro, dizendo que o atual presidente agiu por sadismo ao vetar as leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. “Só pode se explicar por sadismo”, disse. “O Bolsonaro, como não tem apoio na classe artística, quer espezinhar a classe.”