O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira, 4, que o Brasil pode experimentar no ano que vem um “choque de crescimento” se o reequilíbrio das contas públicas, prometido no novo arcabouço fiscal, somado à reforma tributária, se combinar à redução dos juros.

Durante participação em fórum do Bradesco BBI, Haddad voltou a chamar as políticas fiscal e monetária de “dois braços de um mesmo organismo”. Após observar que, desde 2013, o Brasil vem crescendo abaixo de seu potencial, o ministro traçou um ambiente mais favorável a partir do ano que vem. Ao abordar o cenário internacional, ele apontou maior cautela dos bancos centrais em subir exageradamente juros em meio à turbulência bancária no exterior.

Assim, disse que o ambiente no exterior deve contribuir ao maior fluxo de investimentos internacionais em direção ao Brasil. Em paralelo, comentou Haddad, o Brasil pode chegar ao fim do ano com um ambiente mais benigno caso as metas de retomada de superávit fiscal se somem ao afrouxamento monetário.

“Se a política monetária vier ao encontro dos resultados fiscais anunciados, com as bênçãos do Congresso e do Judiciário, vamos chegar ao fim do ano com um ambiente econômico favorável”, assinalou Haddad.