01/04/2015 - 12:45
Marcha de Integração
Inspirada nas lidas campeiras das estâncias gaúchas, em épocas passadas, nas quais os cavalos trabalhavam até 15 dias consecutivos e percorriam cerca de 50 quilômetros diários, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos criou a Marcha de Integração, em 1971. A 14ª edição do evento está marcada para os dias 16 a 30 de maio, no município gaúcho de Jaguarão. Ao longo dos anos, a marcha se tornou um dos principais testes de rusticidade, resistência e capacidade de recuperação dos equinos crioulos, tornando-se a prova funcional mais antiga da entidade e uma das mais respeitadas pelos
criadores da raça.
Faturamento de peso
Com 115 leilões realizados por criadores de Quarto de Milha em 2014, a Associação Brasileira da raça (ABQM) contabilizou uma receita de R$ 195 milhões, 16,6% a mais ante 2013. Os 4,5 mil animais ofertados nas pistas saíram pela média de R$ 43 mil. A fêmea Atacama Bryan SA, vendida pelo Espólio Gianni Franco Samaja, por R$ 1,31 milhão, obteve o preço máximo do ano.
Os quartistas de 2014
A Associação Brasileira de Quarto de Milha apresentou, no mês passado, os nomes dos animais da raça e atletas que mais pontuaram na temporada 2014 do Working Cow Horse. Strongest Pistol ficou com o título de Melhor Animal, com 5,5 pontos. O paulista de Avaré, Nelson Rodrigues, somou 13,5 pontos e ficou com título de Melhor Cavaleiro. A filha de Rodrigues, Karoline Kazue Rodrigues, com 2,5 pontos, foi a amazona de destaque no ano. O troféu de Melhor Criador ficou com José Roberto Santo André, de Ribeirão Preto (SP), por 5,5 pontos conquistados.
Lições de campeã
A americana Tanya Jenkis, treinadora e campeã em provas de rédeas, esteve no Brasil no mês passado para ministrar a segunda oficina técnica a amadores, no Centro de Treinamento Renata Ricci, em Porangaba (SP). Com títulos de destaque no 2013 Cactus Reining Classic e no National Reining Breeders Classic 2012, Tanya trouxe sua experiência de 22 anos em formar, reciclar e aperfeiçoar as técnicas de equitação na modalidade de rédeas. No ano passado, na estreia da oficina, esteve no País o americano Doug Milholland, treinador do Hall da Fama da Associação Nacional Americana de Cavalo de Rédeas.
Pela quarta vez no Brasil, o técnico da equipe equestre holandesa, Rob Ehrens, fez uma clínica de salto para 32 atletas, entre os dias 11 e 14 de fevereiro, em São Paulo, na Sociedade Hípica Paulista. Sob o seu comando, a Holanda foi medalha de ouro nos Jogos Equestres Mundiais 2014, na Normandia, França, e prata nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
O que leva um atleta ao pódio?
O que pode levar um atleta a ser um novo campeão mundial é manter o foco no esporte e trabalhar bastante. É preciso também encarar os treinos cada vez com mais rigidez, sempre ter uma boa autocrítica e não pensar que as coisas são fáceis.
A equipe brasileira está em que nível?
Em todas as vezes que estive no Brasil, gostei muito do nível dos cavaleiros com os quais pude trabalhar. Acredito num grande futuro no esporte equestre no País.
Esse futuro se baseia em quê?
Ele está baseado na busca constante por talentos. O esporte é um conjunto de atleta, cavalo e treinador. Um não anda sem o outro.
O sr. tem 27 anos de hipismo. O que o inspirou a seguir essa carreira?
Não tive ninguém da minha família que me incentivasse. Por isso, acho que o hipismo já estava no meu sangue quando nasci. Aos seis anos de idade, tive uma oportunidade e montei em um cavalo. A partir daí, soube que aquela seria a minha vida.