O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira, 9, que houve um acordo entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) fosse transferido do BC para o ministério. Durante o evento Show Rural, em Cascavel (PR), o deputado disse que, do ponto de vista dele, tanto faz onde o órgão ficará alocado, desde que a atuação seja técnica.

“O Coaf é um órgão técnico que tem que funcionar como um excelente árbitro de futebol. O bom árbitro de futebol passa despercebido, é como tem que ser o Coaf, tem que ir atrás de operações irregulares, não atrás de pessoas”, declarou Lira, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira. “Segundo as conversas que me foram passadas pelo ministro Haddad e pelo próprio Roberto Campos, houve, inclusive, um acordo para que ele pudesse voltar para o Ministério da Economia. Não penso que esse seja o tema mais polêmico”, emendou o presidente da Câmara.

Lira ressaltou que no começo do governo Bolsonaro o ex-ministro e agora senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) queria deixar o Coaf no Ministério da Justiça, mas que o Congresso rejeitou a ideia.

“Tanto faz, do meu ponto de vista, ele ficar no Banco Central, como no Ministério da Economia”, disse o deputado.

A transferência do Coaf do BC para a Fazenda foi incluída em uma medida provisória editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas enfrenta resistência no Congresso.

Em entrevista à Globonews no dia 1º, após ser reeleito presidente da Câmara, Lira havia dito que, pela posição majoritária dos deputados, o Coaf tenderia a retornar novamente ao BC.