A economia brasileira mostrou queda em agosto e interrompeu uma sequência de duas altas mensais seguidas, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador caiu 1,13%, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em julho, a alta havia sido de 1,67 % (dado revisado nesta segunda-feira, 17).

De julho para agosto, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 145,62 pontos para 143,97 pontos na série dessazonalizada. Olhando para trás, esse patamar só fica abaixo do sétimo mês, já que em junho o indicador atingiu 143,23 pontos.

O resultado veio próximo do piso das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast, de -1,20%. A mediana era de queda de 0,30% e o teto das expectativas apontava para avanço de 0,40%.

Na comparação entre os meses de agosto de 2022 e de 2021, houve crescimento de 4,86% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 149,01 pontos no oitavo mês do ano, o melhor desempenho para o período desde 2013 (151,81 pontos).

O indicador de agosto ante o mesmo mês de 2021 ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam de avanço de 2,00% a crescimento de 6,50%, mas abaixo da mediana positiva de 5,10%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2022 é de crescimento de 2,7%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

Revisões

O Banco Central revisou nesta segunda-feira dados do Índice de Atividade Econômica, na série com ajuste. O IBC-Br de julho variou de +1,17% para +1,67%, já o de junho foi de +0,93% para +0,75%.

O índice de maio passou de -0,27% para -0,20%, enquanto o indicador de abril foi alterado de -0,36% para -0,43%. O resultado de março passou de +1,17% para +1,13%. No caso de fevereiro, o índice foi de +1,08% para +0,91%.