A economia brasileira mostrou queda leve em março, quebrando a sequência de três altas consecutivas, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O indicador caiu 0,15%, na série livre de efeitos sazonais. Em fevereiro, a alta havia sido de 2,53% (dado atualizado nesta sexta-feira, 19).

De fevereiro para março, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 147,31 pontos para 147,09 pontos na série dessazonalizada. O resultado de março, mesmo com a queda, na comparação histórica é o segundo melhor desde março de 2014 (147,80 pontos), perdendo apenas para fevereiro de 2023.

O dado do IBC-Br ficou abaixo do esperado pela maioria do mercado financeiro, conforme pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast. O índice ficou aquém da mediana positiva de 0,30%, mas dentro do intervalo, que ia de queda de 1,10% a alta de 0,90%.

Já na comparação entre os meses de março de 2023 e de 2022, houve crescimento de 5,46% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 157,31 pontos no terceiro mês do ano, o melhor desempenho para o período da série histórica do IBC-Br, iniciada em 2003.

O indicador de março ante o mesmo mês de 2022 surpreendeu positivamente, ficando acima da mediana de 3,90% da pesquisa do Projeções Broadcast. As expectativas coletadas no levantamento variavam de 1,00% a 6,30%.

Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2023 é de crescimento de 1,20%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março. Nesta quinta-feira, 18, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, adiantou que a estimativa oficial do governo deve aumentar de 1,60% para 1,90%.