A produção nacional de soja vai atingir 129,7 milhões de toneladas em 2021, aumento de 6,8% em relação ao que foi colhido em 2020, ou mais 8,2 milhões de toneladas e 1,5% maior em relação ao prognóstico anterior, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área plantada vai crescer 2,7%, para 38,1 milhões de hectares e o rendimento médio (3.410 kg/ha) deve subir 4%.

“Em função dos preços mais compensadores da soja em relação ao milho, os produtores devem ampliar as áreas de cultivo, que em 2021 devem representar mais de 57% da área total de cereais, leguminosas e oleaginosas”, informou o IBGE.

Milho

O terceiro prognóstico para a safra de milho em grão para 2021 indica produção de 101,7 milhões de toneladas, queda de 1,5% em relação à safra 2020, ou menos 1,6 milhão de toneladas, segundo o IBGE. A estimativa, porém, é 1,6% maior que a realizada no 2º prognóstico da safra 2021, em novembro do ano passado.

“Mantém-se a tendência de um maior volume de produção do milho em 2ª safra, com participação de 74% da produção de 2021, ante os 26% da 1ª safra de milho”, disse o IBGE em nota.

Feijão

A produção de feijão deve atingir 2,8 milhões de toneladas na safra 2021, queda de 3% em relação à safra colhida em 2020, ou menos 86,4 mil toneladas, segundo o IBGE. A previsão é de que a primeira safra da leguminosa produza 1,3 milhão de toneladas do grão; a segunda safra, 956,1 mil toneladas; e a terceira safra, 545,6 mil toneladas.

“A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve alcançar 1,5 milhão de hectares, declínio de 0,6% em relação a 2020, enquanto que a estimativa para o rendimento médio (851 kg/ha) recuou 1,3%”, informou o IBGE.

Algodão

A produção de algodão em caroço em 2021 deverá cair 14% em relação a 2020, para 6,1 milhões de toneladas, e recuo de 0,6% ante o 2º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro.

“Nos últimos três anos, o Brasil alcançou recordes na produção de algodão para atender à demanda internacional. Contudo, com a pandemia da covid-19 essa demanda diminuiu, influenciando na decisão de plantio da próxima safra”, informou o IBGE.

A área plantada prevista para 2021, de 1,5 milhão de hectares, recuou 9,9% em relação ao ano passado, e o rendimento médio (4.132 kg/ha) caiu 4,6%, segundo o levantamento. Os principais produtores são Mato Grosso (69,4% do total nacional) e Bahia (19,7%).

Arroz

A produção nacional de arroz no Brasil deve diminuir em 2021, segundo aponta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro do IBGE. Na terceira estimativa do órgão, a produção pode atingir 11 milhões de toneladas, queda de 0,8% em relação ao ano passado, porém 0,8% maior do que o previsto no 2º prognóstico divulgado pelo IBGE em novembro.

A área colhida terá queda de 0,2% e rendimento médio cairá 0,7%, segundo o IBGE, observando que, apesar da queda, a produção será suficiente para atender o abastecimento do mercado interno brasileiro.

“O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, com lavouras irrigadas de alta tecnologia. As estimativas de produção (7,6 milhões de toneladas) têm queda 1,9% em relação a 2020 e redução de 3,3% na produtividade (7.907 kg/ha)”, informou o IBGE em nota.