O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 30, que a reforma tributária vai replicar as melhores experiências internacionais. “A ideia é copiar o que deu certo no mundo em reforma tributária”, declarou o titular da Fazenda, ao participar da reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Aos empresários da indústria paulista, Haddad elogiou o trabalho do secretário extraordinária da reforma tributária, Bernard Appy: “Nunca vi um trabalho tão bem feito.”

Cobrado na Fiesp a desonerar a indústria, o ministro considerou não ser pouco a redistribuição da carga de impostos, o que beneficiará os industriais, na reforma.

“Sem resolver a reforma tributária, vejo dificuldade em ver qualquer outra iniciativa dar certo no rumo da reindustrialização. Não vejo, no curto prazo, nada mais impactante do que isso”, comentou Haddad.

Ele também ressaltou aos empresários da indústria que o novo governo não reonerou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cujas alíquotas tiveram redução no governo anterior. “Poderíamos ter reonerado o IPI e não reoneramos.”

Segundo o ministro, havia ambiente para aprovação da reforma tributária já no ano passado, porém o governo anterior falhou na estratégia ao colocar no debate um imposto sobre transações eletrônicas como forma de financiar a desoneração da folha de pagamentos.

“Não houve vontade política de aprovar a reforma tributária. Havia entendimento na Câmara e no Senado de que a reforma estava no caminho certo”, disse Haddad.