O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,18% em março, após ter aumentado 1,98% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta quarta-feira ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 0,15% a uma alta de 1,45%, mas veio menor do que a mediana positiva de 1,21%.

Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de março, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram alta de 1,44%, ante uma elevação de 2,51% em fevereiro. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram aumento de 0,47% em março, após o avanço de 0,39% em fevereiro. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve alta de 0,34% em março, depois de subir 0,61% em fevereiro.

O IGP-10 acumulou um aumento de 5,02% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 14,63%. O período de coleta de preços para o indicador de março foi do dia 11 de fevereiro a 10 deste mês.

As quedas de 1,18% no preço da gasolina e de 6,08% no do etanol seguraram uma aceleração mais acentuada na inflação ao consumidor dentro do IGP-10 de março. Dentro do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Alimentação (de 1,09% para 1,54%), Habitação (de 0,11% para 0,49%) e Despesas Diversas (de 0,20% para 0,24%). As principais contribuições partiram dos itens: hortaliças e legumes (de 8,19% para 12,71%), tarifa de eletricidade residencial (de -1,44% para -0,20%) e serviços bancários (de 0,09% para 0,20%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas nos grupos Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para -0,02%), Comunicação (de 0,59% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,05% para -0,03%), Transportes (de 0,18% para 0,16%) e Vestuário (de 0,51% para 0,41%). As maiores influências partiram dos itens: cursos formais (de 4,08% para 0,00%), tarifa de telefone residencial (de 2,77% para -1,14%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,45% para -0,16%), etanol (de -2,36% para -6,08%) e calçados (de 0,98% para 0,15%).

Construção

A alta mais branda no custo dos materiais de construção desacelerou a inflação do setor dentro do IGP-10 de março. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de um avanço de 0,61% em fevereiro para uma elevação de 0,34% em março.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,91% em fevereiro para alta de 0,41% em março. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,27% em março, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 1,08% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma alta de 0,28% em fevereiro para uma elevação de 0,27% em março.