São Paulo, 18 – O custo de produção da soja 2025/26 em Mato Grosso subiu 1,16% em janeiro, na comparação com dezembro de 2024, alcançando R$ 4.051,33 por hectare, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O aumento foi impulsionado principalmente pela alta de 0,23% dos preços dos fertilizantes e corretivos, com destaque para o grupo de corretivo de solo, que avançou 2,91%, e o aumento de 6,31% na cotação das sementes de soja.

O Custo Operacional Total (COT) da oleaginosa atingiu R$ 7.425,97 por hectare. O Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os desembolsos ao longo do ciclo produtivo, foi estimado em R$ 5.635,20 por hectare, com alta mensal de 0,95% em relação a dezembro de 2024.

Entre os principais componentes do custo, os fertilizantes foram estimados em R$ 1.845,41 por hectare, com variação de 0,23% no mês. Os gastos com sementes chegaram a R$ 617,46 por hectare, avanço de 6,30%. Os defensivos registraram alta de 0,27%, para R$ 1.114,88/ha. Já os serviços terceirizados subiram 10,16%, alcançando R$ 25,98/ha.

Milho

Já o custo de produção do milho para a safra 2025/26 em Mato Grosso foi estimado em R$ 3.055,05 por hectare, uma redução de 5,61% em comparação com a safra 2024/25, conforme a primeira estimativa divulgada Imea.

O recuo foi influenciado principalmente pela atualização dos painéis modais de custo de produção, que mostraram diminuição nas aplicações com insumos, com destaque para os defensivos agrícolas, que registraram queda de 9,76%. A desvalorização do dólar no último mês também contribuiu para a retração nos preços dos insumos cotados na moeda estrangeira.

Com a diminuição no custeio, o Custo Operacional Efetivo (COE) foi estimado em R$ 4.474,51 por hectare, queda de 2,97% em relação à safra anterior, enquanto o Custo Operacional Total (COT) ficou em R$ 5.040,42 por hectare, recuo de 2,07%.

Em contrapartida, o aumento das taxas de juros elevou o custo de oportunidade em 31,26% em comparação com a safra 2024/25. Como resultado, o Custo Total (CT) apresentou alta de 3,11%, atingindo R$ 6.283,47 por hectare.

Algodão

O custo de produção do algodão em Mato Grosso recuou 1,05% em janeiro, em relação a dezembro de 2024, totalizando R$ 10.708,64 por hectare, segundo o Imea. O recuo se deveu principalmente à redução nos custos com fertilizantes e defensivos, de 1,90% e 1,72%, respectivamente.

Entre os principais componentes do custo, os fertilizantes somaram R$ 3.925,59 por hectare, com queda de 1,90% no mês. Os defensivos, por sua vez, atingiram R$ 4.540,04 por hectare, recuando 1,72% devido à menor demanda por herbicidas e inseticidas.

O grupo de sementes foi na contramão e registrou alta de 3,06%, alcançando R$ 1.037,19 por hectare, impulsionado pela maior procura no início da safra. As operações mecanizadas também tiveram aumento, com alta de 1,31%, chegando a R$ 546,67 por hectare.

O Custo Operacional Efetivo (COE), que corresponde aos desembolsos durante o ciclo produtivo, recuou 0,36%, para R$ 15.124,45 por hectare. Já o Custo Operacional Total (COT), que inclui o valor das depreciações, caiu 0,32%, totalizando R$ 16.101,31 por hectare. O Custo Total de produção do algodão foi calculado em R$ 18.027,70 por hectare.