O Departamento de Energia destaca, em relatório publicado nesta terça-feira, 27, que as importações de gás natural liquefeito (GNL) dos Estados Unidos atingiram “a mínima em ao menos 15 anos” no primeiro semestre de 2022, para uma média de 0,08 bilhão de pés cúbicos por dia. Na média de 2017 a 2021, essas compras estavam em 0,2 bilhão de pés cúbicos por dia. O DoE aponta que essas importações do país em geral tinham seu pico nos meses de inverno local, entre outubro e março, e a maioria do gás natural importado vinha de gasodutos do Canadá.

As importações de GNL dos EUA atingiram seu pico em abril de 2007, quando representaram 26% do total das importações de gás natural. Elas caíram rapidamente entre 2007 e 2021, destaca o DoE, conforme aumentava a produção de gás natural seco, que aumentou quase 80% durante esse período.

O Doe ainda nota no relatório que o crescimento na produção de gás natural tem ocorrido sobretudo em três regiões produtoras, Appalachia, Permian, e Haynesville. A produção da bacia da primeira dessas regiões foi responsável por 31% do total da produção de gás natural do país em 2021. Foram ainda concluídos vários produtos de gasodutos desde 2016, lembra o DoE, o que melhorou a entrega de gás natural para os centros de consumo na maior parte do país.

As importações de GNL, porém, podem ainda ser uma “fonte marginal importante” de oferta em momentos de alta demanda, aponta o departamento. Em dias de pico na demanda, o GNL importado pode contribuir com até 35% da oferta de gás natural da região da Nova Inglaterra, complementa.