PEQUIM (Reuters) -As importações de soja brasileira pela China aumentaram 108% em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, com o país sul-americano ultrapassando os Estados Unidos em um período tradicionalmente dominado pelos suprimentos norte-americanos.

A China importou 5,29 milhões de toneladas de sementes oleaginosas do Brasil em novembro, segundo dados da Administração Geral de Alfândega.

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Os compradores chineses aumentaram as compras da safra recorde do Brasil deste ano devido aos preços atrativos, enquanto as remessas dos EUA, o segundo maior fornecedor da China, desaceleraram pela seca no Canal do Panamá e no Rio Mississippi.

Normalmente, a China compra principalmente soja dos EUA no quarto trimestre do ano, devido à colheita da safra norte-americana.

Mas as chegadas de novembro dos EUA encolheram 30%, para 2,3 milhões de toneladas, de 3,29 milhões de toneladas no ano anterior.

O total de importações de soja da China em novembro foi de 7,92 milhões de toneladas.

Nos primeiros 11 meses de 2023, o total de embarques do Brasil para a China foi de 64,97 milhões de toneladas, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As importações totais dos EUA até agora neste ano caíram 8%, para 20,36 milhões de toneladas, segundo os dados.

O Brasil também dominou as importações de milho da China, com 3,22 milhões de toneladas em novembro.

A China registrou um recorde de importações de milho de 3,59 milhões de toneladas em novembro, segundo dados da alfândega, somando-se a uma safra doméstica recorde e pressionando ainda mais os preços no segundo maior produtor do mundo.

(Reportagem de Mei Mei Chu)