O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou nesta terça-feira, 28, os dados referentes ao desempenho da distribuição de aços planos no mês de janeiro e as projeções para o mês de fevereiro. As compras do primeiro mês de 2023 somaram 319,8 mil toneladas, alta de 31,7% perante a dezembro e 5,7% perante a janeiro de 2022.

O aumento maior foi na compra de chapa grossa, que estava muito demandada, informou o presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro.

Já as vendas de aços planos em janeiro contabilizaram 311,2 mil toneladas, alta de 21,1% no comparativo mensal e de 4,3% no comparativo mensal. “As vendas foram bem melhores do que imaginávamos, e um pouco abaixo do montante de compras”, comentou Loureiro.

Para fevereiro de 2023, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma queda de 15% em relação ao mês de janeiro de 2023. O presidente do instituto justifica a queda deve-se ao fato de fevereiro contabilizar quatro dias a menos que o mês anterior (em parte devido ao feriado do Carnaval).

O estoque, por sua vez, em número absoluto, subiu 1,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 825,7 mil toneladas. O giro de estoque fechou em 2,7 meses.

As importações encerraram o mês com alta de 6,9% em relação ao mês anterior, em 177,2 mil toneladas. Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 4,3%. A origem das importações é predominantemente a China, com 70%.

“O volume não é grande, estamos tendo muito problema com o Porto de São Francisco do Sul, que é o que recebe a maioria das nossas cargas. Está tendo uma espera grande para a liberação do armazém. Isso explica porque importadores estão segurando material no porto aguardando melhores condições de desovar esses materiais. Para poder descarregar, tem que esvaziar os armazéns”, explica Loureiro.

“O prêmio do nacional frente ao importado hoje está ao redor de 10%, mas à medida que tem porto congestionado como tem hoje, acréscimo grande de frete e espera do navio pra descarregar (quem paga essa conta é o importador), esse prêmio passa a realmente desaparecer, não há grande incentivo para importação”, completa.

Enquanto isso, o “forte” das exportações foi em placas, com destino principal aos Estados Unidos, e Argentina em segundo lugar, explica o presidente.

“Estamos falando tanto de placas porque não podemos esquecer que a Usiminas comprava regularmente placa da sua usina de Cubatão e agora está tendo que comprar placa para a parada de seu alto forno (que vai durar quatro meses, entre abril e agosto). Eles vão manter isso com placa importada”, observou o presidente do INDA.