O Índice de Liquidez (IL) do Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 1,9 em junho do ano passado para 2,1 em dezembro de 2022, conforme a mediana divulgada no Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Central.

Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações. Ele representa a relação entre os ativos mais líquidos do sistema bancário e a capacidade de honrar seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.

O Índice de Liquidez Estrutural (ILE), que era de 1,2 em junho, se manteve em 1,2 em dezembro, considerando a mediana. O desejável é ter um índice perto ou acima de 1, já que esse termômetro serve para verificar quanto as instituições possuem de recursos estáveis em seus passivos para fazer frente a um ativo de mais longo prazo – seja ele crédito, investimento ou participação societária, entre outros.

O Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário atingiu 14,68% em 12 meses até dezembro de 2022, ante taxa de 15,7% em junho do ano passado.

De acordo com o BC, “o cenário para 2023 é de atividade econômica mais fraca, crescimento do crédito menor, inadimplência e inflação em níveis elevados. Assim, espera-se que a rentabilidade do sistema continue pressionada no médio prazo”.