Estados Unidos

Milho e soja pressionam preços

O governo americano já tem como certa para os próximos meses a elevação dos preços finais de produtos à base de milho e soja cultivados internamente. O aumento no preço dos alimentos é reflexo de uma combinação perversa de seca, calor e inundações que assolou as fazendas do país neste ano. Por serem os grãos a base da alimentação de bovinos, aves e suínos, massas e carnes deverão ser os itens que mais pesarão no bolso dos consumidores. A previsão é do Usda, o Departamento de Agricultura americano.

 

Nordeste

Olhos puxados

Que os chineses estão de olho no Brasil não é novidade. Em agosto, foi a vez de o Beidahuang Group desembarcar no País, uma potência em logística e comércio, além de dono de uma grande extensão de terras no norte da China. O grupo está investindo em terras no semiárido nordestino, com a intenção de cultivar milho e soja e exportá-los para a Ásia. O grupo já investiu R$ 200 milhões na região.

 

Leilão

Reprodutor valorizado

O criador de gado Eduardo Azevedo, de Campinas (SP), arrematou por R$ 123,2 mil uma cota de 25% sobre a produção futura de sêmen do reprodutor nelore CFM Liniers. O touro foi apresentado no 13º Megaleilão CFM em São José do Rio Preto (SP), realizado no dia 11 de agosto, e mais de 20 compradores entraram na disputa. Todos querendo uma fatia da receita da venda de sêmen do animal. Liniers rendeu até agora quase R$ 2 milhões à CFM com as 100 mil doses de sêmen já comercializadas.

 

Canadá

Quero um JBS para mim

Na última década, o governo do Canadá mudou de posição. Avesso a capitais estrangeiros no país, agora quer empresas forasteiras em seu território – um exemplo é a Vale. Em 2008, antes da crise econômica mundial, havia um movimento de atração de frigoríficos para o país, que esfriou nos dois anos seguintes. Mas, neste ano, o consulado-geral do Canadá, em São Paulo, voltou a procurar parceiros que queiram comprar empresas locais. “O JBS, por exemplo, exporta ovinos para o Canadá, de sua unidade na Austrália”, diz Marcio Francesquine, delegado comercial do consulado. “Eles poderiam abater os animais diretamente no Canadá.”

 

Marketing rural

Mudança de cadeira

Depois de nove anos na presidência da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), Carlo Lovatelli deve deixar o posto. A eleição, em outubro, tem como candidato o atual vice Luiz Carlos Corrêa Carvalho. Dizem que a saída de Lovatelli tem a ver com uma mudança nos rumos políticos da entidade.

 

Até quando

Jazidas guardadas

Convidado a compor uma das mesas de debate no 10º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em agosto, o ex-governador de Mato Grosso Blairo Maggi falou sobre as jazidas de minerais. “Não temos falta de recursos naturais, o que não há é investimento para explorar nossas jazidas”, diz. “Por isso é grande nossa dependência das importações de insumos básicos, como fósforo e potássio.”

 

 

 

Código Florestal

Pode empacar

A promessa de que o novo Código Florestal será votado no Senado até o final do ano pode não ser cumprida. As polêmicas continuam quentes entre ruralistas e governistas. Como esses grupos não se entendem, o senador e relator do código Jorge Viana (PT-AC) propôs a realização de um fórum com todos os ex-ministros da Agricultura e de Meio Ambiente. Propôs, mas sem data marcada.