02/07/2014 - 15:44
Conversa afiada
O governo federal, que tem batido insistentemente na tecla de que o setor sucroalcooleiro já recebe ajuda suficiente e, portanto, não precisaria de apoio oficial para sair da crise, convocou a presidente da
União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, para uma conversa, na segunda quinzena de junho, com a assessoria econômica do Ministério da Fazenda. O convite aconteceu depois que os presidenciáveis Aécio Neves, candidato do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, começaram a criticar abertamente a política para o etanol brasileiro, ganhando a simpatia do setor. De imediato, interessa às usinas aumentar a porcentagem de etanol anidro à gasolina, de 25% para 27,5%. Mas o governo avisou que isso só será decidido a partir de setembro, depois da conclusão de um estudo que vai mostrar se a alteração prejudicaria o funcionamento dos motores dos veículos.
Sustentabilidade no campo
Uma metodologia inédita para a pecuária brasileira foi desenvolvida e está pronta para medir as emissões de gás de efeito estufa no País. Batizada de GHG Protocol Agropecuário, a ferramenta apresentada pela organização não governamental World Resources Institute (WRI) e pelo World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) serve para mensurar a cadeia de valor das empresas do agronegócio. Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS, uma das empresas que ajudaram a WRI e a WBCSD a construir a metodologia, diz que ela fornece parâmetros mais confiáveis. “É preciso confiança”, afirma Nappo. “Afinal, o setor responde por 35% das emissões.”
Café amargo
Cerca de quatro mil produtores de café e leite da região de Perdões, em Minas Gerais, estão se organizando para tentar amenizar as perdas provocadas pela liquidação extrajudicial da Cooperativa dos Pecuaristas, Agricultores e Cafeicultores de Minas Gerais (Copacafé). A diretoria da cooperativa é acusada de fraudes e desvios que somam R$ 15 milhões. Mas, juntando as dívidas em bancos e as previdenciárias, o rombo estimado é de R$ 40 milhões.
Agora vai?
Depois de autorizar a elaboração de estudos para a construção de seis novas ferrovias, que somarão 4,6 mil quilômetros, no mês passado, a expectativa do ministro dos Transportes, César Borges, é de que as concessões deslanchem. Borges tem sinalizado a setores do agronegócio que algumas ideias se casam perfeitamente com a vontade do governo federal. Entre elas está o projeto do grupo Piracaia, formado pelas gigantes Bunge, Cargill, Dreyfus e Maggi.
Café amargo
Cerca de quatro mil produtores de café e leite da região de Perdões, em Minas Gerais, estão se organizando para tentar amenizar as perdas provocadas pela liquidação extrajudicial da Cooperativa dos Pecuaristas, Agricultores e Cafeicultores de Minas Gerais (Copacafé). A diretoria da cooperativa é acusada de fraudes e desvios que somam R$ 15 milhões. Mas, juntando as dívidas em bancos e as previdenciárias, o rombo estimado é de R$ 40 milhões.
Passo para trás
O seguro rural agrícola, que a partir desta safra seria uma obrigatoriedade para crédito de custeio até o limite de R$ 300 mil, foi adiado para julho de 2015. Entidades do setor, que reivindicaram a medida ao governo federal, consideram o seguro caro para o produtor e de difícil acesso, em caso de sinistro. “O adiamento nos dá tempo para discutir com o Mapa um seguro mais eficiente”, diz Frederico de Azevedo e Silva, gerente da Comissão de Política Agrícola da Aprosoja-MT.