O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) desacelerou de 0,64% para 0,44% no Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o IPC-M encerrou 2022 com avanço acumulado de 4,30%, abaixo dos 9,32% registrados em 2021.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação em dezembro. A principal contribuição foi de Saúde e Cuidados Pessoais (1,00% para 0,37%), com peso de artigos de higiene e cuidado pessoal (2,03% para -0,25%).

Também perderam força em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,60% para -0,26%), Transportes (0,79% para 0,31%), Vestuário (0,83% para 0,67%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,08%).

Nessas classes, os maiores pesos de itens foram de passagem aérea (2,07% para -1,71%), gasolina (1,58% para 0,18%), calçados (1,35% para -0,12%) e cigarros (0,01% para -0,72%), respectivamente.

Na direção oposta, houve aceleração nos grupos Alimentação (0,83% para 0,99%), Comunicação (-0,32% para 0,48%) e Habitação (0,37% para 0,42%), sob influência de arroz e feijão (-0,82% para 3,74%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,32% para 0,69%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%).

Influências individuais

Segundo a FGV, os itens que mais contribuíram para o alívio do IPC-M em dezembro foram leite tipo longa vida (-5,01% para -5,53%), passagem aérea (2,07% para -1,71%) e perfume (2,51% para -1,95%). Manga (-7,59% para -13,23%) e desodorante (1,69% para -2,30%) completam a lista.

As principais influências individuais de alta foram tomate (18,13% para 19,12%), cebola (17,36% para 24,80%) e tarifa de eletricidade residencial (0,59% para 1,27%), seguidas por plano e seguro de saúde (1,14% para 1,13%) e refeições em bares e restaurantes (0,15% para 0,65%).