08/05/2023 - 9:09
Monitoradas atentamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), as projeções para a inflação começaram a cair, ainda que levemente, no Boletim Focus desta semana.
A expectativa para o IPCA deste ano na Focus cedeu de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. Um mês antes, a mediana era de 5,98%. Para 2024, ano em que o BC mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,18% para 4,16%, contra 4,14% de quatro semanas atrás.
Considerando somente as 113 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 cedeu de 6,09% para 6,01%. Para 2024, porém, subiu de 4,17% para 4,20%, considerando 109 atualizações no período.
Apesar da queda nesta semana, a mediana na Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%.
A mediana para o IPCA de 2025 seguiu em 4,00%, repetindo a taxa de quatro semanas atrás. A estimativa para o IPCA de 2026 também continuou em 4,00%, mesmo porcentual de um mês antes. A meta para 2025 é de 3,00% (margem de 1,50% a 4,50%). Ainda não há objetivo definido para 2026.
Na reunião Copom deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.
Meses
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a alta do IPCA de abril no Boletim Focus. A mediana continuou em 0,55%, de 0,59% há um mês.
Para o IPCA de maio, a estimativa subiu de 0,44% para 0,45%, contra a mediana de 0,39% um mês antes. Para junho, a previsão para o indicador variou de 0,53% para 0,52%, de 0,38% há quatro semanas.
Já a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses cedeu de 5,23% para 5,14%, de 5,20% há um mês.