Nomeado para ocupar a presidência do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, reiterou nesta segunda-feira (27) que é apropriado manter a atual política monetária ultra-acomodatícia, dizendo acreditar que os méritos da postura de relaxamento são maiores do que seus efeitos colaterais.

Em audiência de confirmação na câmara alta do Parlamento japonês, Ueda também reafirmou que será necessário mais tempo para que o Japão atinja uma taxa de inflação de 2% de forma sustentável, como deseja o BoJ.

Em janeiro, a taxa anual do núcleo da inflação ao consumidor (CPI) japonês atingiu 4,2%, o maior nível desde setembro de 1981. Foi o décimo mês seguido em que a inflação superou a meta de 2% do BoJ.

Ueda preferiu não fazer comentários sobre detalhes de uma eventual saída da política de relaxamento do BoJ. Ele disse, porém, que uma possível revisão pelo BC japonês de sua política poderá ser de longo prazo.

Ueda comentou ainda que a taxa de câmbio do iene ante o dólar “precisa refletir os fundamentos econômicos” do Japão.

Ueda, um ex-professor de economia da Universidade de Tóquio que integrou o comitê de política do BoJ entre 1998 e 2005, foi nomeado para um mandato de cinco anos, em substituição a Haruhiko Kuroda, que fica no cargo até abril. Na sexta-feira (24), ele deu testemunho na câmara baixa do Parlamento. Com informações da Dow Jones Newswires.