10/04/2019 - 14:54
Em 2050, o maior país do mundo será a China. Os Estados Unidos serão o segundo, a Índia virá em terceiro lugar, seguida por Indonésia e Japão. O nosso Brasil estará em sexto lugar. Nossa economia será de cerca de US$ 6,5 trilhões e o nosso agronegócio, hoje em torno de US$ 500 bilhões, nos próximos 30 anos deverá multiplicar por quatro. Vamos alcançar, assim, US$ 2 trilhões. E o que os jovens têm a ver com isso? Tudo, pois a eles cabe a missão de fazer acontecer. Então, para que o sonho se torne realidade precisamos sonhar juntos. E os jovens sonham juntos. Possuem uma vontade de ser protagonistas, e não vítimas.
O presente passou a ser o resultado do futuro. Dessa forma, já por volta dos 12 aos 14 anos, eles começam a desenvolver as suas startups. O empreendedorismo já vem no gene dessa nova geração.
Nas cooperativas, a juventude Coop nasce carregada de sentido e de propósito. Também cabe a esse jovem a difícil arte de separar o que nunca mudou no mundo, os valores que são eternos, daquilo que muda a cada dia, a cada instante, de um universo em profundas transformações.
Os jovens planetários têm à sua disposição uma quantidade enorme de informações e de acesso ao saber e aos recursos, de uma forma como nenhuma geração do passado teve. Estão livres para viajar, fazer intercâmbio, estudar em escolas globais. Ao mesmo tempo, enfrentam uma competição internacional gigantesca. Há cinco anos como professor na França, convivo com jovens do mundo todo. Eles são exponencialmente competitivos. Admiro o poder vigoroso e de liderança das mulheres africanas, por exemplo. Vejo na juventude asiática, do Oriente Médio, do Leste Europeu, uma impressionante carga de vigor e de tônus para realizar. A velocidade está ali, presente. Por isso, digo: jovens brasileiros, preparai-vos!
A competição da juventude será um campeonato mundial. Indianos, chineses, indonésios, americanos, mexicanos, russos. Onde hoje há grandes populações, a juventude sairá mundo afora, como os navegantes portugueses do passado, em busca de novas rotas. Não mais as rotas marítimas do comércio, mas as rotas para o protagonismo da vida.
As juventudes europeia, norte-americana e de outros países desenvolvidos também participarão desse novo protagonismo. Portanto, jovens brasileiros, a disputa não será apenas local. Será global. Qual o conselho? Prestem atenção e coloquem foco naquilo que ainda não se sabe. O desconhecido é a grande fonte das novas riquezas.
A incerteza sempre foi a coisa mais certa do mundo. Um navegador romano gritava : “Navegar é preciso! Viver não é preciso!”. Com isso, queria dizer que para a navegação se exigia precisão. Mas para a vida, isso não haveria, não. Assim é a vida. E é esta a missão da juventude: trafegar pelas novas incertezas do viver. Tudo começa com a coragem. Mas, para a coragem prevalecer, precisamos de propósitos e sentidos de vida.
Chega, agora, o movimento “rurban “, uma síntese que integra rural com urbano. Um campo gigantesco para o empreendedorismo e o cooperativismo.
Surgem as “SPA’s” (Small Profitable Agrifarms), as pequenas fazendas lucrativas. Rurais e urbanas, como as hortaliças da cobertura da Galeria do Rock, na Avenida São João, no centro de São Paulo. O “agronegócio de todas as coisas” (ATC), no qual, para quem só crê naquilo que vê, podemos visitar Holambra, pertinho de São Paulo, e encontrar simplesmente a quarta maior cooperativa de flores de todo o planeta. Small is beatifull. O pequeno é lindo. Todo o grande homem já foi bebê um dia. O gigante agronegócio já foi um sonho poderoso de homens e mulheres. Todos começaram jovens. Qual o segredo? Não conseguimos sós. E sobre o futuro, o que fazer agora? Simples: decida com quem irá. O resto, resolvemos ao longo da jornada.