Mesmo após o fim do ciclo “intenso e tempestivo” de alta da Selic, a taxa média de juros no crédito livre subiu de 42,7% ao ano em outubro para 44,1% ao ano em novembro, informou nesta terça-feira, 27, o Banco Central (BC). Em novembro de 2021, era de 33,7%.

Para as pessoas físicas, a taxa média de juros no crédito livre passou de 57,2% para 59,0% ao ano de outubro para novembro, enquanto para as pessoas jurídicas ficou estável em 23,4%.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 133,4% ao ano para 135,5% ao ano de outubro para novembro. No crédito pessoal, a taxa passou de 42,3% para 44,5% ao ano.

Desde 2018, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200. Em janeiro de 2020, o BC passou a aplicar uma limitação dos juros do cheque especial, em 8% ao mês (151,82% ao ano).

Os dados divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Banco Central mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 27,2% ao ano em outubro para 27,7% em novembro.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 30,1% ao ano em outubro para 31,4% ao ano em novembro. No penúltimo mês de 2021, estava em 24,0%.

Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,1 ponto porcentual em novembro ante outubro, aos 21,7% ao ano. O porcentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.