25/02/2021 - 9:30
A Kepler Weber, líder no mercado de equipamentos para armazenagem de grãos, registrou lucro líquido de R$ 20,7 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 1,7% ante os R$ 21,1 milhões apurados em igual período do ano anterior, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (24). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 30,5 milhões, 1,5% abaixo do obtido em igual intervalo de 2019. A receita líquida da companhia atingiu R$ 248,1 milhões no quarto trimestre de 2020, 38,3% mais do que no período correspondente do ano anterior. A margem líquida atingiu 8,4%, queda de 3,4 pontos porcentuais na comparação anual.
No comunicado sobre os resultados, a empresa destacou o crescimento da receita operacional líquida em 2020, que chegou a 15%, “superando as dificuldades” causadas pela pandemia do novo coronavírus. “A reação positiva do agronegócio brasileiro frente ao novo cenário foi importante para a boa performance da companhia, sobretudo no segundo semestre”, disse a Kepler.
A empresa citou como fatores que contribuíram para o resultado o aumento da confiabilidade dos importadores de grãos e carnes, a construção de uma “carteira saudável” de pedidos, boas condições de financiamento no Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), a depreciação do real e o aumento dos preços internacionais das commodities agrícolas.
No quarto trimestre, o mercado interno representou 91% da receita líquida, e o externo, 9%, contra 87% e 13%, respectivamente, observados um ano antes. A receita líquida do segmento de armazenagem da Kepler Weber no quarto trimestre de 2020 cresceu 38,7% em relação a igual período de 2019, para R$ 165,1 milhões. Segundo a empresa, o incremento é reflexo “das condições macroeconômicas favoráveis como commodities agrícolas em alta, real depreciado e disponibilidade das linhas de financiamento ao agronegócio, principalmente o PCA”.
Já a receita de exportações subiu 3,1% na mesma base de comparação, para R$ 23,5 milhões. Conforme a Kepler, o crescimento foi “modesto” devido à estratégia de priorizar vendas no mercado interno dado o aquecimento da demanda no segundo semestre de 2020. “Com isso, houve alto nível de ocupação das plantas e alongamento dos prazos de entrega para todos os segmentos, o que afetou os prazos para exportação.”